
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, o foco encontra-se em uma área remota, de difícil acesso, onde vivem comunidades indígenas com vínculo administrativo apenas com o estado do Amapá. Praga da mandioca vassoura-de-bruxa é discutida entre representantes do AP e PA (imagem ilustrativa)
GEA/divulgação
O primeiro foco da praga quarentenária Vassoura-de-Bruxa da Mandioca (Ceratobasidium theobromae) no estado do Pará foi confirmado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Publicação da pasta em rede social na tarde desta quinta-feira (22), informa que a ocorrência foi registrada na Terra Indígena do Parque do Tumucumaque, localizada no extremo norte do município de Almeirim, próxima à fronteira com o Suriname.
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A existência da praga foi identificada durante inspeção realizada em 28 de abril por técnicos da Superintendência de Agricultura e Pecuária do Amapá (SFA/AP) e da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do Amapá (Diagro), após recebimento de denúncia.
Segundo o Mapa, as 🚨plantas com sintomas suspeitos estavam na Aldeia Bona, localizada na Terra Indígena do Parque do Tumucumaque. Laudos oficiais confirmaram a presença da praga em duas amostras de material vegetal que foram coletadas e enviadas para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Goiás (LFDA/GO).
Ainda segundo o Mapa, o foco da vassoura-de-bruxa da mandioca encontra-se em uma área remota, de difícil acesso, onde vivem comunidades indígenas com vínculo administrativo apenas com o estado do Amapá. A região fica distante das principais zonas produtoras de mandioca no Pará e só é acessível por meio de voos fretados.
Área em destaque no mapa mostra local onde foi registrada ocorrência da vassoura-de-bruxa da mandioca
Divulgação
Plano emergencial
Após o estado ser notificado pelo Mapa sobre a existência do foco de vassoura-de-bruxa da mandioca em Almeirim, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), realiza levantamentos fitossanitários em todo o estado, em parceria com o ministério, como parte do Plano Emergencial para Prevenção da praga.
Diagro realiza treinamento de combate à Vassoura de Bruxa da Mandioca com técnicos do Pará
Até o momento, não há registro de suspeitas em áreas comerciais de produção nem interceptação de material vegetal suspeito nas barreiras de fiscalização instaladas no norte do estado.
A vassoura-de-bruxa da mandioca não tem relação com a praga do cacaueiro. O fungo não oferece risco à saúde humana, mas é altamente destrutivo para as lavouras de mandioca.
A doença, foi detectada pela primeira vez em 2024 pela Embrapa Amapá, em terras indígenas de Oiapoque. A doença causa ramos secos e deformados, nanismo, proliferação de brotos fracos e finos nos caules, clorose, murcha, seca das folhas e morte das plantas. A dispersão ocorre principalmente por meio de material vegetal contaminado, ferramentas de poda, solo e água.
🛡️ O Mapa e os órgãos estaduais adotaram medidas de contenção e reforço na biossegurança para evitar que a doença chegue às áreas comerciais.
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