
Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (8) um acordo comercial com o Reino Unido, que promete movimentar bilhões de dólares e abrir novas oportunidades para exportadores norte-americanos, especialmente do setor agrícola e industrial. O anúncio foi feito pelo presidente Donald Trump, destacou que foi durante a celebração dos 80 anos do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial.
Com o novo acordo, os EUA terão acesso ampliado ao mercado britânico, com destaque para produtos como carne bovina, etanol, laticínios e itens industriais. Estima-se que o pacto gere até US$ 5 bilhões (R$ 28 bilhões) em novas exportações americanas, sendo mais de US$ 700 milhões (apróximadamente R$ 4 bilhões ) só com etanol.
“O Reino Unido vai eliminar diversas barreiras comerciais que antes prejudicavam nossos produtos. Esse é um ótimo negócio para os Estados Unidos”, declarou Trump.
Setores estratégicos protegidos
O tratado também beneficia áreas estratégicas, como a indústria aeroespacial e farmacêutica, garantindo cadeias de suprimento seguras e acesso preferencial a componentes de alta qualidade. O acordo inclui ainda regras modernas sobre propriedade intelectual, trabalho e meio ambiente, o que, segundo o governo, vai aumentar a competitividade americana.
Na área automotiva, ficou estabelecido que os primeiros 100 mil veículos britânicos importados por ano pagarão uma tarifa de 10%. Acima desse número, a taxa sobe para 25%.
O acordo se alinha com a política comercial “América em Primeiro Lugar”, voltada a proteger trabalhadores americanos e reduzir o déficit comercial. Ele também abre espaço para negociações futuras sobre tarifas aplicadas ao aço e alumínio, com a criação de um novo “sindicato” de cooperação entre os dois países nesses setores.
Relação reforçada com o Reino Unido
Para o presidente Trump, a parceria com o Reino Unido entra agora em uma “nova Era de Ouro” no comércio bilateral. “Estamos criando empregos, fortalecendo nossa segurança econômica e liderando pelo exemplo”, afirmou.
O comércio atual de bens entre os dois países já soma cerca de US$ 148 bilhões por ano, e a expectativa é de crescimento acelerado com a implementação do novo tratado.