Maioria dos iPhones vendidos nos EUA virá da Índia, diz CEO da Apple


Empresa estima que tarifas de Trump adicionem US$ 900 milhões aos custos no trimestre, mas afirma estar confiante no negócio. Tim Cook, presidente-executivo da Apple, no lançamento do iPhone 15
Loren Elliott/Reuters
O CEO da Apple, Tim Cook, disse nesta quinta-feira (1º) que a maioria dos iPhones vendidos nos EUA no atual trimestre virá da Índia, enquanto iPads e outros dispositivos virão do Vietnã, em uma tentativa de evitar os impactos das tarifas de Donald Trump.
Os lucros da Apple nos primeiros três meses do ano superaram as expectativas de Wall Street graças à alta demanda por seus iPhones, e a empresa disse que, até aqui, as tarifas tiveram um efeito limitado nos resultados.
Cook acrescentou que, para o trimestre atual, supondo que as coisas não mudem, a Apple espera ver US$ 900 milhões adicionados aos seus custos como resultado das tarifas, mas disse que a empresa continua “confiante” neste negócio.
A Apple faturou US$ 24,78 bilhões, ou US$ 1,65 por ação, nos primeiros três meses do ano — um aumento de 4,8% em relação aos US$ 23,64 bilhões, ou US$ 1,53 por ação, no mesmo período do ano anterior.
A receita subiu 5,1%, para US$ 95,36 bilhões, ante US$ 90,75 bilhões.
Para escapar de ‘tarifaço’, Apple encheu seis aviões com Iphones feitos na Índia
Os analistas, em média, esperavam lucro de US$ 1,62 por ação sobre receita de US$ 94,19 bilhões, de acordo com uma pesquisa da FactSet.
Os números do período de janeiro a março fornecem um instantâneo de como a Apple estava se saindo antes da revelação do presidente Trump de tarifas abrangentes, em abril, que abalaram os mercados financeiros em meio a temores de que uma guerra comercial reacenderia a inflação e empurraria a economia dos EUA para uma recessão.
“Embora seja provável que parte do crescimento das vendas tenha sido impulsionada pelos consumidores acelerando as compras antes dos aumentos tarifários esperados, as margens permaneceram saudáveis do outro lado do balanço”, disse Thomas Monteiro, analista da Investing.com.
A dependência da Apple de fábricas chinesas para produzir seus iPhones e outros dispositivos empurrou a criadora de tendências tecnológicas para a mira da guerra comercial de Trump.
A exposição da Apple às fábricas chinesas fez com que suas ações caíssem 23% logo após o anúncio do presidente sobre a severidade das tarifas recíprocas, o que apagou temporariamente US$ 773 bilhões em valor de mercado para os acionistas.
Quando Trump indicou inicialmente que suas tarifas de 145% sobre produtos fabricados na China se aplicariam ao iPhone, os consumidores dos EUA correram para as lojas para comprar novos dispositivos, em vez de arriscar que os preços subissem depois que as tarifas começassem a aumentar os custos.
Mas a enxurrada de compras em pânico não aparecerá até que a Apple divulgue seus resultados para o trimestre de abril a junho.
Cook sinalizou sua intenção de permanecer em boas relações com Trump, organizando reuniões privadas com ele e doando pessoalmente US$ 1 milhão para a segunda cerimônia de posse do presidente, antes de se sentar no estrado quando Trump foi empossado em 20 de janeiro.
A Apple anunciou posteriormente planos de investir US$ 500 bilhões nos EUA, enquanto contratava 20 mil trabalhadores durante os próximos quatro anos.
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