O Governo decidiu suspender o clássico entre Colo Colo e Universidad de Chile, programado para este domingo (13), após o episódio de violência ocorrido na última quinta-feira, nos arredores do Estádio Monumental.
O incidente, ocorrido durante a partida da Copa Libertadores contra o Fortaleza, resultou na morte de dois torcedores do time chileno, um adolescente de 13 anos e uma jovem de 19 anos.
A decisão foi tomada após um pedido do Poder Executivo para reavaliar as condições de segurança da partida, uma das mais populares do futebol chileno.
O Ministro da Segurança Pública, Luis Cordero, informou nesta sexta-feira (11) que instruiu os Carabineros (instituição responsável pelo policiamento ostensivo) a realizar uma nova avaliação do plano de segurança do evento, considerando o delicado contexto gerado pelos recentes atos de violência.
Por outro lado, a Delegação Presidencial Metropolitana anunciou nesta sexta uma sanção contra o Colo-Colo, após detectar uma série de violações às medidas de segurança exigidas para a organização da partida contra o Fortaleza.
Segundo relatos, esses erros de organização contribuíram para a falta de coordenação que levou à avalanche nas entradas da instalação, que culminou no desfecho fatal.
Por volta das 18h (de Brasília), o Ministro Cordero entregou os detalhes do relatório dos Carabineros, compartilhado com o Poder Executivo, informando que o jogo deste domingo não poderia ser realizada.
Nesse sentido, o Secretário de Estado anunciou que, diante dos “acontecimentos de ontem” e do “conjunto de incivilidades que poderiam surgir no domingo”, os Carabineros recomendaram não realizar a partida.
“Além disso, acredito também que, em sinal de respeito às vítimas e seus familiares, cujos funerais também serão realizados neste domingo, o Executivo também considera que este último aspecto é uma questão de consideração que deve ser levada em conta na realização deste evento esportivo”, disse Cordero.
“O futebol não aceita mais vítimas”, acrescentou.
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