O dólar à vista recuava mais de 1% ante o real nas primeiras negociações desta sexta-feira (11), devolvendo os ganhos da véspera, à medida que os investidores repercutiam uma nova escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, enquanto analisavam dados de inflação e de atividade econômica no Brasil.
Às 9h38, o dólar à vista caía 1,05%, a R$ 5,8240 na venda. Mais cedo, a moeda norte-americana atingiu a máxima de R$ 5,8878.
Na quinta-feira (11), o dólar à vista fechou em alta de 0,89%, a R$ 5,8990.
A China aumentou as tarifas retaliatórias sobre as importações dos EUA de 84% para 125% nesta sexta. No Brasil, investidores também analisam o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 0,56% em março, maior índice para o mês desde 2003.
O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de maio de 2025.
Futuros de Wall Street
Os futuros dos índices de Wall Street subiam nesta sexta, à medida que investidores repercutiam o anúncio da China de aumentar as tarifas retaliatórias sobre as importações dos EUA de 84% para 125%.
Por volta das 9h30 (horário de brasília), os futuros do Dow subiam 0,29%. Já os futuros do S&P 500 tinham alta de 0,4%, enquanto os futuros do Nasdaq subiam 0,49%.
Bolsas Europa
As bolsas europeias viraram para baixo, revertendo ganhos da abertura do pregão desta sexta-feira (11), após nova retaliação da China às tarifas dos EUA.
Por volta das 9h30 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,25%, a 486,07 pontos.
Bolsas Ásia
As ações de Hong Kong e da China reverteram quedas anteriores nesta sexta e reduziram as perdas da semana, com a recuperação das ações de chips e a potencial compra estatal protegendo contra novas perdas decorrentes da guerra comercial com os EUA.
O índice de Hong Kong, o Hang Seng, saltou 1,1% no fechamento, revertendo uma queda anterior de até 1,2% nas negociações da manhã. O subíndice de tecnologia .HSTECH subiu 1,8%.
Os fabricantes de chips estiveram entre os maiores vencedores, com a Hua Hong Semiconductor subindo um pouco mais de 20% antes de encerrar o dia com um ganho de 14%. A SMIC subiu 6%.
Na China, o Índice Composto de Xangai e o índice blue-chip também reverteram as perdas, subindo 0,5% e 0,4%, respectivamente.
O Índice da Indústria de Semicondutores liderou os ganhos onshore, com um salto de 2,7%.
Apesar dos ganhos, o índice de Hong Kong ainda sofreu uma perda semanal de 8,5%, a maior desde fevereiro de 2018, enquanto o Índice CSI 300registrou a maior queda semanal em quatro meses.
Dados econômicos no Brasil
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, desacelerou a 0,56% em março, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta.
Esse foi o maior IPCA para um mês de março desde 2003 (0,71%).
Já o IBC-Br, indicador de atividade do Banco Central (BC) e um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), acelerou 0,4% em fevereiro. Em 12 meses, o crescimento foi de 3,8%.
Em janeiro, o IBC-Br acelerou 0,9%, indicando um resultado mais forte do que o esperado.
O PIB cresceu 3,4% no ano passado, segundo o IBGE. A expectativa entre analistas para este ano é de perda de força da economia.
*Com informações da Reuters
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Este conteúdo foi originalmente publicado em Dólar cai 1% na abertura com retaliação da China; bolsas tentam fôlego no site CNN Brasil.