Operação desarticula três pontos de garimpo ilegal dentro de área de preservação no Pará


Barreira de fiscalização do ICMBio, com apoio da Força Nacional, subsidia operações constantes que contabilizaram 7,9 milhões em autos de infração e também fez reduzir em 41% os alertas de desmatamento na região. ICMBio e Força Nacional desarticulam três garimpos ilegais em APA no Pará.
Reprodução / ICMBio
Uma fiscalização ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com o apoio da Força Nacional, desmobilizou três pontos de garimpo ilegal dentro da Área de Proteção Ambiental do Tapajós, em Itautba, no sudoeste do Pará.
Três tratores do tipo pá-carregadeira e quatro motores foram inutilizados pelos agentes. Acampamentos de infratores ambientais foram desmontados.
A ação no eixo da rodovia Transgarimpeira ocorreu entre os dias 6 e 7 de abril. Na região há uma barreira de fiscalização ambiental que ocasionou na redução de 41% nos alertas de desmatamento, segundo o ICMBio.
A fiscalização ocorre no chamado “Arco do Desmatamento” e, desde que foi instalada, do início de dezembro de 2024 até 31 de março deste ano, o número de alertas no entorno da Unidade de Conservação, em quatro meses, reduziu de 2.133 para 1.272.
Em área desmatada, na mesma comparação, o percentual de redução fica maior, 76%: de 67,08 km² para 16,26 km². Os dados são do Programa Brasil Mais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O ICMBio informou que as ações a partir da barreira também impuseram prejuízos significativos aos crimes ambientais. A partir da instalação, no início de dezembro de 2024 até 31 de março, foram lavrados R$ 7,9 milhões em autos de infração; apreendidos R$ 56 milhões em bens; e embargadas 3.800 hectares de área.
A barreira é mantida com a presença permanente de fiscais com apoio de outras forças de segurança, que monitoram atividades locais, permitindo celeridade para coibir os crimes ambientais.
O coordenador de proteção da Coordenação Territorial do ICMBio em Itaituba (PA), Lincoln Michalski, disse que a presença é fundamental para coibir crimes ambientais.
“Estar no território, mantendo uma base local e realizando operações constantemente acarretou a redução significativa de alertas de desmatamento”, explica.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.