
Detentos se desentenderam por causa de um copo de suco derramado numa mesa. O suspeito matou o outro colega perto de um pé de aimpim e o enterrou numa área de mata, próximo a um pé de jaca, dentro do Complexo Prisional de Xuri, em Vila Velha. Complexo do Xuri, em Vila Velha, Espírito Santo
Reprodução/TV Gazeta
Um detento do regime semiaberto foi morto e enterrado perto de uma horta dentro de um presídio em Vila Velha, na Grande Vitória. A suspeita é que outro preso teria cometido o crime. O corpo foi localizado na manhã desta sábado (5), após operação da equipe K9 do Corpo de Bombeiros, com cães farejadores especializados em detecção de cadáver.
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A vítima foi identificada como Ademar da Silva Capaz. O corpo dele estava a 500 metros da horta no Complexo Prisional de Xuri. Ele também estava desaparecido há quase três meses. No sistema penitenciário, Ademir foi dado como “evadido” no dia 20 de janeiro deste ano.
Para cometer o crime, o detento teria usado uma ferramenta usada na horta. Ele teria desferido um único golpe na cabeça do colega de cela que morreu. O suspeito também era do regime semiaberto, ou seja, eles tinham autorização para sair de dia para trabalhar e retornar à noite. Ambos atuavam na horta.
O presídio recebeu uma denúncia informando sobre a possível existência de um corpo enterrado perto da horta, próximo a um pé de jaca. Ao receber a informação, o subsecretário de Administração Penitenciária, Nelson Rodrigo Pereira Merçon, determinou a apuração do caso.
Alguns detentos foram ouvidos pelos agentes. Um dos presos informou que outro detento chamado Jurandir executou o preso Ademar. O crime teria acontecido no dia 20 de janeiro deste ano, por volta das 9h30.
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Alguns detentos foram ouvidos pelos agentes, como Alan Mudesto Lopes e José Lopes Filho. Um dos presos, o Alan, informou que outro detento chamado Jurandir de Oliveira Freitas executou o preso Ademar. O crime teria acontecido no dia 20 de janeiro deste ano, por volta das 9h30.
Morto próximo a um pé de aimpim
Durante o depoimento, o preso disse que Jurandir desferiu um único golpe de ferramenta utilizada na horta na cabeça de Ademar, próximo a um pé de aipim. Depois, o colocou em um carrinho-de-mão, levando-o para a mata, próxima ao pé de jaca.
Também foi informado que, na semana anterior ao crime, no dia 17 de janeiro, os presos Ademar e Jurandir discutiram na horta. Ademar teria entornado um copo de suco na mesa e não limpou. Após a discussão, Jurandir teria ficado transtornado. No dia seguinte, Jurandir saiu em direção à mata próxima ao pé de jaca, levando um carrinho de mão, enxadão, uma cavadeira de ferro, e outra de duas bocas, alegando que iria consertar a cerca. Ele teria voltado apenas 1h30 depois.
Apenas na manhã deste sábado que a denúncia foi feita. O local foi isolado imediatamente, e as autoridades foram acionadas para adoção dos procedimentos legais cabíveis, incluindo a perícia por parte da Polícia Científica e a remoção do corpo. As investigações seguirão sob responsabilidade da Polícia Civil.
Até a publicação desta reportagem, a PC não havia divulgado mais detalhes do caso.
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