Entenda como jogador do Bragantino saiu da UTI após quadro irreversível

O jogador Pedro Henrique Severino, de 19 anos, do Red Bull Bragantino, deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Unimed Ribeirão Preto, após passar por um grave acidente de carro no início de março.

Ele havia sido submetido a um protocolo de morte cerebral após o acidente, mas uma tosse inesperada durante os testes indicou que ainda havia atividade cerebral. Isso interrompeu o protocolo, permitindo que ele fosse transferido para um quadro mais estável.

Em 4 de março, Pedro Severino estava retornando ao clube após um período de folga, quando o carro em que estava se envolveu em um acidente com uma carreta, causando um grave trauma craniano e deixando-o inconsciente.

O diagnóstico inicial levou os médicos a iniciar o protocolo de morte cerebral no dia seguinte. Esse protocolo envolve uma série de testes para confirmar a morte encefálica, mas, durante os procedimentos, Pedro tossiu, um sinal de atividade cerebral.

Saiba o que significa morte cerebral

A morte cerebral é uma condição irreversível caracterizada pela perda permanente da função cerebral. Segundo o neurologista Raphael Ribeiro Spera, essa condição pode ser causada por traumas, acidentes vasculares cerebrais (AVC) ou outras situações que comprometam o cérebro. Quando os médicos iniciam o protocolo, isso significa que a morte encefálica ainda não foi confirmada, e uma série de testes rigorosos é realizada para determinar a presença de funções cerebrais.

Durante o protocolo de morte cerebral, os médicos testam funções como o reflexo da tosse, que é controlado pelo tronco encefálico, uma área vital do cérebro. Quando Pedro tossiu, isso indicou que havia atividade cerebral, o que interrompeu o protocolo. Além disso, outros sinais, como reação das pupilas à luz ou movimentos espontâneos, também podem ser indicativos de função cerebral ativa.

O diagnóstico de morte encefálica só é confirmado quando há ausência completa de respostas do cérebro e de exames complementares, como o eletroencefalograma ou o Doppler Transcraniano, que confirmam a ausência de atividade cerebral. No caso de Pedro Severino, a tosse interrompeu o protocolo, mostrando que ele ainda possui funções cerebrais ativas.

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