Aluna perde dinheiro da formatura de turma no Jogo do Tigrinho em SC: o que se sabe e o que falta saber


Mulher era presidente da comissão de formatura e avisou formandos do curso que havia perdido o dinheiro. Cerimonia não aconteceu por falta de pagamento. Aluna de direito é acusada de usar R$ 77 mil de formatura em Jogo do Tigrinho
A Polícia Civil investiga a estudante de direito denunciada pelos colegas de turma por usar todo o dinheiro arrecadado para formatura em apostas on-line, como o Jogo do Tigrinho. Cláudia Roberta Silva avisou aos formandos que não tinha mais os R$ 77 mil da festa um mês antes da data que o evento estava marcado.
A cerimônia não aconteceu por falta de pagamento à empresa responsável pelo evento. O caso aconteceu em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina.
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Entenda abaixo o que se sabe e o que falta saber sobre o caso:
Quem é a mulher que disse que perdeu o dinheiro?
Quando a formatura deveria acontecer?
Quando e como os alunos souberam do caso?
Quando os alunos fizeram um boletim sobre o caso?
O que detalhava o boletim de ocorrências?
Quanto tempo levou para arrecadar o dinheiro?
A aluna deu sinais sobre o desvio do dinheiro?
Em qual instituição eles estudam?
O que a universidade disse sobre o acaso?
O que a empresa que faria o evento disse?
O que a defesa da estudante disse?
Como a Polícia Civil trata o caso?
1 – Quem é a mulher que disse que perdeu o dinheiro?
Cláudia Roberta Silva é a estudante de direito que afirmou ter perdido o dinheiro arrecadado pelos formandos para a festa em apostas on-line. Ela era presidente da comissão de formatura.
2 – Quando a formatura deveria acontecer?
A formatura estava marcada para 22 de fevereiro, mas não ocorreu pela falta do pagamento.
3 – Quando e como os alunos souberam do caso?
Em 27 de janeiro, Cláudia encaminhou mensagens em um aplicativo de conversa contando a situação aos colegas. A foi enviada após a empresa responsável pelo evento procurar os alunos e afirmar que o valor da festa não havia sido quitado.
“Eu perdi todo o dinheiro da formatura. Me viciei em apostas on-line, Tigrinho e afins, e quando perdi todo o dinheiro que eu tinha guardado, comecei a usar o da formatura para tentar recuperar. E aí, cada vez mais fui me afundando no jogo”, escreveu.
Suspeita escreveu em grupo de conversas que havia usado o dinheiro
Reprodução
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4 – Quando os alunos fizeram um boletim sobre o caso?
Após encaminhar as mensagens, a mulher ficou incomunicável. Os colegas de Claúdia, então, fizeram um boletim de ocorrências em 6 de fevereiro. A formatura estava prevista para o dia 22.
5 – O que detalhava o boletim de ocorrências?
No boletim de ocorrências, os estudantes informaram que o dinheiro foi dividido da seguinte forma:
R$ 78.992,00 – valor total da formatura;
R$ 2.000,00 – pago à empresa responsável pela formatura ao fechar o contrato;
R$ 76.992,00 – valor que deveria ter sido pago para empresa em dezembro de 2024.
6 – Quanto tempo levou para arrecadar o dinheiro?
Segundo a Polícia Civil, os 16 alunos que fariam a festa contribuíram por três anos para reunir o valor.
7 – A aluna deu sinais sobre o desvio do dinheiro?
Uma das vítimas, Nicoli Bertoncelli Bison, 23 anos, contou que a suspeita sempre pareceu engajada na organização da formatura. “A gente não desconfiou de nada porque, desde o início, ela sempre foi muito assim: ‘vou atrás, vou fazer'”, contou.
8 – Em qual instituição eles estudavam?
As vítimas faziam direito na Unidade Central de Educação Faem (UCEFF) de Chapecó.
9 – O que a universidade disse sobre o acaso?
Em nota, a instituição disse que não tem participação direta com as organizações de cerimônias festivas de formaturas, exceto, as cerimônias institucionais e de gabinete. Declarou, ainda, que soube do fato pelos próprios estudantes e que ofereceu assessoramento jurídico e administrativo.
10 – O que a empresa que faria o evento disse?
Em nota, a Nova Era Formaturas afirmou que não possuía qualquer responsabilidade sobre a arrecadação, administração ou guarda dos valores destinados à realização do evento e destacou que em nenhum momento o dinheiro esteve sob a administração ou custódia da empresa.
“[A empresa] está envidando todos os esforços necessários para, em conjunto com os estudantes, viabilizar a realização dos eventos de formatura, de modo a minimizar os impactos do ocorrido e garantir que este momento tão aguardado seja, enfim, concretizado”, informou.
Formandos de direito da UCEFF dizem que dinheiro para formatura foi desviado
Arquivo pessoal
11 – O que a defesa da estudante disse?
Procurada, a defesa da investigada disse que todas as medidas judiciais para recuperação dos valores são tomadas e que ela pretende ressarcir os colegas. Também afirmou que a cliente aguarda ser chamada para prestar os esclarecimentos à polícia.
“Todas as medidas judiciais serão tomadas para tentar recuperar os valores perdidos nas apostas online, assim como será ressarcido os valores aos colegas de formatura. No mais, a suspeita aguarda ser chamada na Delegacia de Polícia Civil de Chapecó SC para ser ouvida.”
Aluna disse que vai tentar recuperar dinheiro perdido em Jogo do Tigrinho
12 – Como a Polícia Civil trata o caso?
A Polícia Civil disse que trabalha com duas linhas de investigação (apropriação indébita ou estelionato) e que os envolvidos serão ouvidos nos próximos dias.
Segundo o delegado regional de Chapecó, Rodrigo Moura, a delegacia responsável pelo inquérito fez um pedido à Justiça para rastrear e tentar recuperar o valor supostamente desviado. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) informou que não vai se manifestar enquanto a investigação estiver em andamento.
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