Oncologista fala sobre diagnóstico de câncer terminal de Isabel Veloso: “Irreversível”

Nesta terça-feira (27/08), a influenciadora Isabel Veloso, de 18 anos, compartilhou em seu perfil no Instagram um post explicando qual a diferença entre pacientes terminais e aqueles em cuidados paliativos. Em 2021, Isabel foi diagnosticada com linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer que se desenvolve no sistema linfático.

Desde que ganhou notoriedade nas redes, ela vinha afirmando ser uma paciente terminal. No entanto, agora, pontuou que é uma paciente em cuidados paliativos e explicou em suas redes sociais a diferença. “Paliativo é terminal, porém sem data prevista. Paliativo é quando você tenta dar o máximo de qualidade de vida para a pessoa até seu último dia de vida e, sim, significa que não tem cura”.

Além disso, por meio dos Stories, ela explicou sua condição médica. “Para os desinformados que estão cuidando da minha vida e não têm o que fazer: minha doença era terminal devido à previsão de tempo. Eu tinha um tempo estimado de vida e não era certeza que minha doença iria se estabilizar. Mas ela se estabilizou. E eu passei a não ser mais paciente terminal. Eu não sou uma paciente terminal. Eu sou uma paciente em cuidados paliativos. Tanto que na minha biografia está assim”.

Oncologista fala sobre o caso

Em entrevista à coluna Gabriel Perline, da Contigo, o oncologista Dr. Jorge Abissamra, afirmou que câncer terminal é um quadro irreversível. “O paciente em terminalidade de vida é um quadro irreversível. É aquele paciente que não há mais nada possível e que ele vai falecer nas próximas horas. Então não é possível um paciente em terminalidade de vida reverter o quadro. Agora, o inverso, sim, pode ser um paciente que era cuidados paliativos e entrou em terminalidade de vida e faleceu”.

Além disso, o profissional completou. “Isso é quando o paciente tá pra morrer em poucas horas ou poucos dias. Um, dois ou três dias. Cuidados paliativos é quando a doença não tem mais cura, mas o paciente pode viver muitos anos. Terminalidade de vida é um paciente que tá muito próximo de morrer nas próximas horas ou dias e cuidados paliativos é uma doença incurável, mas que não necessariamente o paciente vai morrer num período próximo (…) Um participante terminal é aquele paciente que tem uma deterioração clínica tão grande e que vai morrer nas próximas horas”.

Por fim, o médico falou sobre a gravidez de Isabel Veloso. “Geralmente pacientes em tratamento oncológico, principalmente quimioterapia, não ovulam. A quimioterapia, geralmente, ela inibe a ovulação na mulher. Pode acontecer? Pode. Na medicina, tudo pode, mas isso é pouco provável”.

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