Moradores tem casas afetadas pelos alagamentos em Nova Odessa: ‘Prejuízo de R$ 30 mil’


Cidade sofreu com a cheia do Ribeirão Quilombo e do Córrego Represa nesta quinta-feira (16). Chuva de mais de 100 milímetros deixa Sumaré debaixo d’água
Moradores de Nova Odessa (SP) sofreram com as chuvas que atingiram a cidade nesta quarta-feira (15). O volume de água causou cheias no Ribeirão Quilombo, Córrego Represa e alagamentos em diversos pontos da cidade.
Durante a noite, diversas casas no entorno das áreas com alagamentos e cheias foram afetadas, com móveis atingidos pela água e lama acumulada. A Prefeitura de Nova Odessa enviou equipes para realizar a limpeza dos locais onde a água baixou nesta quinta-feira (16).
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Uma equipe da EPTV, afiliada da TV Globo, esteve no Parque Residencial Francisco Lopes Iglesia, um dos locais afetados pela cheia do Ribeirão Quilombo, e conversou com moradores que tiveram casas e móveis danificados pela água.
O autônomo Roberto Barbosa de Noronha comprou uma casa no bairro há cerca de dois meses, onde realizou uma reforma completa. Ele e a esposa estavam se preparando para fazer a mudança para a nova casa na próxima segunda-feira (20), mas o alagamento impediu.
Casa recém reformada foi um dos imóveis atingidos pelos alagamentos em Nova Odessa
Reprodução/EPTV
“Desanimou a gente. Reformei tudo, troquei piso, mexi na parte estrutural, parte de churrasqueira, banheiro. Móveis estão ali na frente e acho que estragou. Prejuízo de uns R$ 30 mil”, reclama Roberto.
Ele conta que não sabia da incidência de alagamentos na região, que perguntou sobre isso mas o informaram que o local não sofria com risco de cheias.
Mais casas afetadas
Por conta dos alagamentos, a moradora Adriane Teixeira, que está desempregada, não pode sair para realizar suas atividades autônomas de renda. Ela teve que limpar sua casa e da avó, que foram invadidas pela água.
Em imagens feitas pela família durante a noite, a casa aparece inteira alagada, atingindo os móveis e espalhando lama. Adriane reclama sobre o problema das cheias, que sempre se repete.
“O problema do córrego vem há anos, nós lutamos e lutamos. Fala com a Prefeitura de Sumaré, fala com a Prefeitura de Nova Odessa. Igual hoje, liguei lá e falei: ‘ Tem como mandar um maquinário? porque a pista cedeu’. E falam que vão ver se há uma possibilidade”, reclama a moradora.
Nesta quinta-feira, o tempo segue fechado na cidade, com previsão de mais chuva. Adriane se preocupa com a ideia de ter a casa invadida pela água novamente.
“Hoje, a previsão é de chuva. Se chover de novo, o rio já tá lá alto, vai alagar nossa casa novamente. Um transtorno, bem difícil.”
Pontos interditados
Vídeos mostram alagamento em frente à rodoviária e em avenida de Nova Odessa
Imagens feitas por moradores mostram que um dos pontos alagados na cidade fica em frente ao Terminal Rodoviário da cidade, no Centro.
Já no limite entre Nova Odessa e Sumaré (SP), no encontro das avenidas Ampélio Gazzetta e Rebouças o alagamento impediu a passagem de veículos e levou à interdição do trecho.
A Prefeitura informou, em nota, que nenhum incidente com danos materiais ou vítimas foi relatado pela Defesa Civil e demais setores.
Atualização da prefeitura
Procurada pela EPTV, a prefeitura de Nova Odessa informou que realiza limpezas frequentes na região, e que sempre que ocorrem chuvas muito fortes acaba entupindo o canal que deságua no Ribeirão Quilombo. A administração disse que vai enviar equipes para fazer a limpeza do canal nesta quinta-feira.
Por se tratar de um trecho que faz divisa com a cidade de Sumaré, a administração da cidade também foi procurada e informou que vai enviar pessoas para limpar o córrego.
Em nota, a Prefeitura de Nova Odessa também informou sobre a situação dos pontos de riscos da cidade com o recuo da água.
“O nível do Ribeirão Quilombo baixou. Nenhuma família das áreas de risco de alagamentos pelo ribeirão monitoradas chegou a ser desalojada. No momento, segundo a Defesa Civil Municipal, apenas a Rua Antônio de Oliveira, na Vila Azenha, ainda está impactada pelas águas do rio. Este ponto segue sendo monitorado.”
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