Operação resulta em apreensões de veículos, equipamentos de som e prisões por embriaguez ao volante em Santarém


Ação conjunta visa coibir práticas perigosas e perturbações na área central e na orla. Operação conjunta em Santarém
Divulgação
Desde sexta-feira até a madrugada deste domingo (18), uma operação foi desencadeada em Santarém, no oeste do Pará, visando combater uma série de crimes e condutas que têm perturbado a paz e a segurança na região, principalmente nas áreas centrais e na orla da cidade. Durante a ação, foram apreendidos veículos, equipamentos de som e teve prisões por embriaguez ao volante.
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A operação, que envolveu o Ministério Público do Pará, Departamento de Trânsito do Estado (Detran), Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT), Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), começou na sexta-feira e se estendeu pelo fim de semana. O juiz ressaltou que a ação foi planejada para mostrar que as autoridades estão atentas e não tolerarão mais esse tipos de crimes.
Ao g1, o juiz Alexandre Rizzi, titular da 1ª Vara Criminal de Santarém, detalhou as motivações e os impactos dessa ação, que envolveu uma ampla colaboração entre diferentes órgãos de segurança pública.

Motos foram apreendida durante operação em Santarém
Divulgação
De acordo com o juiz Rizzi, a operação foi motivada pela crescente preocupação com comportamentos inadequados de pessoas que, após frequentarem festas, dirigem embriagadas, perturbam o sossego com som alto e deixam um rastro de sujeira na orla da cidade.
“Estávamos com muitos casos de pessoas que, ao sair de festas, completamente embriagadas, estavam indo para a orla, sujando tudo, quebrando garrafas, e isso não poderia continuar”, afirmou o juiz.
O juiz Rizzi destacou que a operação resultou em várias apreensões, incluindo motos, carros, equipamentos de som e a prisão de pessoas por embriaguez ao volante. Além disso, um homem foi preso por porte ilegal de arma de fogo. Ele ressaltou que a operação não foi apenas para aplicar multas, mas para abordar a questão criminal por trás dessas infrações.
Juiz Alexandre Rizzi durante entrevista
Kamila Andrade/g1
“As pessoas estão sendo presas por essas infrações, e se não estão aprendendo, vamos aumentar os valores das multas”, afirmou.
Ele destacou ainda que o foco não é coibir a diversão das pessoas, mas sim garantir que ela seja feita com responsabilidade. “Não sou contra a festa, nem contra que você ouça seu som ou beba. Mas tem que ter responsabilidade. Se beber, não dirija, pois dirigir embriagado não é apenas uma infração administrativa, mas um risco à vida, tanto do condutor quanto de terceiros”, enfatizou Rizzi.
Um dos pontos abordados pelo juiz foi o problema do som alto, que ele destacou como crime ambiental. Ele explicou que, mesmo dentro de casa, o som em volume elevado pode resultar em penalidades severas.
“Existem eventos que têm autorização para o uso de som alto, mas fora disso, é crime. Além disso, também estamos atentos para a sujeira deixada nas áreas públicas, especialmente na orla e em frente ao museu, a população precisa de maior conscientização”, alertou.
A operação, segundo o juiz, não foi um evento isolado e deve se repetir de forma sigilosa. “Essas operações vão continuar. Pode ser amanhã, daqui a um mês, ou daqui a seis meses, mas vai continuar”, garantiu.
O juiz Alexandre Rizzi fez um apelo à população para que reflita sobre as consequências de seus atos e colabore para manter a cidade limpa e segura. “Espero que vocês nos ajudem, eduquem, deem exemplo para que a gente transforme a cidade”, concluiu.
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