Venezuela: Portugal e Brasil dizem defender “transparência eleitoral e respeito pelas liberdades”

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou por telefone, nesta sexta-feira (9), com o chanceler português, Paulo Rangel, sobre os comunicados de Brasil, Colômbia e México para uma solução diplomática da crise na Venezuela após a eleição presidencial.

O Ministério de Negócios Estrangeiros de Portugal, por sua vez, manifestou, após o diálogo entre os chanceleres, que “ambos os países defendem a transparência eleitoral e o respeito pelas liberdades cívicas”. O representante de português também falou apoiar “a iniciativa conjunta de Brasil, Colômbia e México”.

Segundo nota divulgada pelo Itamaraty, os chanceleres concordaram quanto à necessidade da divulgação das atas da votação. Brasil e Portugal “continuarão a manter conversas de alto nível e enfatizam sua convicção e confiança de que as soluções da situação atual devem surgir da Venezuela”, disse o Itamaraty.

“Nesse sentido, reiteram sua disposição de apoiar os esforços de diálogo e busca de entendimentos que contribuam à estabilidade política e à democracia no país”, finaliza o comunicado.

Novo comunicado

Na quinta-feira (8), os governos de Brasil, Colômbia e México emitiram um segundo comunicado conjunto sobre a situação da Venezuela após a eleição presidencial de 28 de julho, que teve o presidente Nicolás Maduro declarado como vencedor. A oposição, cujo candidato é Edmundo González, diz que houve fraude no pleito.

Os três países “reafirmam a conveniência de que se permita a verificação imparcial dos resultados, respeitando o princípio fundamental da soberania popular” e reiteram que “o respeito aos Direitos Humanos deve prevalecer em qualquer circunstância”.

O comunicado foi divulgado um dia após os chanceleres dos três países terem se reunido de forma virtual para discutir o assunto.

As autoridades de Brasil, Colômbia e México ressaltam que a apresentação dos resultados desagregados por mesa de votação é fundamental. Dizem ainda que, ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão eleitoral da Venezuela, corresponde, por mandato legal, a divulgação transparente dos números. O CNE é alinhado a Maduro.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Venezuela: Portugal e Brasil dizem defender “transparência eleitoral e respeito pelas liberdades” no site CNN Brasil.

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