Filme brasileiro integra a lista dos 100 melhores da década de 2000: descubra

O site norte-americano IndieWire, especializado em cinema e séries de TV, listou os 100 melhores filmes dos anos 2000, destacando que esses títulos definiram a primeira década do século 21. Na lista, há um filme brasileiro em destaque.

O Brasil é representado pelo documentário “Jogo de Cena”, de Eduardo Coutinho. O filme, que apresenta 83 mulheres compartilhando suas histórias, incluindo as atrizes Andréa Beltrão e Fernanda Torres, conquistou o 66º lugar na lista e está disponível na Netflix e Globoplay.

Esta lista foi reorganizada 100 vezes diferentes desde que a montamos pela primeira vez, e há pelo menos 100 filmes que nos doeu omitir no final; nossas mais sinceras desculpas a ‘We Own the Night’, ‘Millennium Mambo’, ‘Munique’, ‘Master and Commander’, ‘The New World’, ‘The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford’ e qualquer número de grandes filmes que poderiam ter sido incluídos se tivéssemos feito isso há dois meses, ou daqui a dois meses”, informa a publicação.

Mas estamos felizes em aceitar essa flutuação, porque os anos 2000 sempre foram definidos pela mudança, e essa é a única coisa sobre eles que provavelmente nunca será”, finalizou. 

Site comentou filme nacional na lista

Qualquer mulher brasileira comum que quisesse poderia ir ao teatro de Coutinho e contar sua história de vida para sua câmera. Esses contos seriam então recitados por um elenco de atrizes profissionais. (..) O diretor exalta o fato de que não podemos distinguir as atrizes das ‘pessoas reais’ que elas estão interpretando (embora alguns rostos sejam reconhecíveis pelo público brasileiro), e explora uma interação das desconexões que surgem entre as entrevistadas e as profissionais encarregadas de repetir suas palavras.“, começou.

Uma mãe descreve a morte de seu filho com calma sobrenatural, mas a atriz que a interpreta não consegue deixar de chorar enquanto reconta a mesma história. Qual parece mais autêntico para nós?”, destacou o site.

A publicação também afirma que o filme vai além da distinção entre o real e o fictício. “Com o enquadramento certo, qualquer coisa pode ser vista como testemunho, e qualquer coisa pode ser vista como performance“, escreveu.

Uma vez que isso é estabelecido, Coutinho está livre para quebrar suas próprias regras para nos manter adivinhando. Surpresas abundam. Em um par, a atriz vai primeiro. Em outro, o narrador original nunca aparece na câmera. Tudo aponta para a verdade do próprio cinema, e para a noção de que qualquer vida é digna dos filmes, desde que haja uma câmera para capturá-la para nós”, apontou. 

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