Bitcoin mostra recuperação em linha com bolsas globais

O bitcoin se recuperava nesta terça-feira (6) enquanto outras criptomoedas também acumulavam ganhos, com o respiro no mercado amplo após as preocupações com a economia dos Estados Unidos.

As moedas digitais se comportaram como uma ação de tecnologia nos últimos dias em uma dinâmica que enfraqueceu a tese de alguns analistas de que as criptomoedas vinham assumindo um papel de “porto seguro” para alocações de recursos saídos de ativos mais tradicionais.

O bitcoin subia 6,43%, a US$ 56.436,02, nas últimas 24 horas até perto das 16h09 (de Brasília), segundo a Binance. Na véspera, a moeda digital chegou a ceder abaixo de US$ 50 mil.

A ethereum subia 4,65%, a US$ 2.490,21, no mesmo intervalo.

O banco suíço Julius Baer calculou que, no fim de semana, mais de US$ 300 bilhões foram eliminados dos mercados de ativos digitais, com o bitcoin caindo mais de 20%, marcando uma das maiores quedas desde o desastroso 2022.

“Desta vez, a correção foi sobre fatores técnicos e fluxos, não sobre fundamentos, e foi exacerbada pela especulação de que os formadores de mercado de criptomoedas estão movendo seu risco para bolsas centralizadas”, escreveu o analista de Pesquisa de Nova Geração, Manuel Villegas, em nota.

O analista espera que a volatilidade continue nos próximos pregões. Villegas ponderou que a liquidação foi desencadeada por apreensão com uma recessão nos EUA, além do desmonte de operações de carry trade do dólar com iene.

O crescente conflito no Oriente Médio, resultados abaixo das expectativas de algumas grandes empresas de tecnologia e o quadro político dos EUA também foram vetores para a dinâmica das criptomoedas, segundo o analista.

“Essa turbulência no mercado não é apenas uma questão específica de cripto – é um fenômeno macroeconômico”, disse Martin Leinweber, diretor de pesquisa e estratégia de ativos digitais no provedor de índices MarketVector Indexes.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Bitcoin mostra recuperação em linha com bolsas globais no site CNN Brasil.

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