Lula quer conversas com Barroso e Pacheco sobre queimadas; novas medidas devem ser anunciadas nesta terça

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está coordenando uma série de reuniões desde a manhã desta segunda-feira (16) com ministros e especialistas para discutir novas medidas de combate às queimadas que estão atingindo diversas regiões do país.
De acordo com o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, o governo deve anunciar essas medidas ao longo desta terça-feira (17), após a conclusão das discussões que continuam em andamento.
Além das reuniões com membros do governo, Lula pretende ampliar o diálogo com outros poderes para tratar a questão das queimadas como um tema de Estado. Para isso, o presidente convocou uma reunião com os chefes dos três Poderes para as 16h30 de terça-feira.
Estão confirmados o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Também serão convidados o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), e o Procurador-Geral da República (PGR).
O objetivo dessas conversas é buscar o compartilhamento de responsabilidades entre os poderes para a construção de uma resposta coordenada à crise climática. Segundo Pimenta, parte das medidas será formalizada por meio de Medidas Provisórias, enquanto outras ainda estão sendo discutidas e podem envolver ações de estados e municípios.
O ministro Rui Costa, da Casa Civil, está avaliando a possibilidade de uma reunião com governadores ainda nesta semana, para incluir os entes federativos no plano de ação contra as queimadas.
Embora as medidas específicas ainda não tenham sido detalhadas, Pimenta afirmou que elas serão finalizadas entre hoje e amanhã. A expectativa é que os anúncios sejam feitos após a reunião entre Lula e os chefes dos poderes.
A preocupação com o aumento das queimadas tem sido uma pauta recorrente dentro do governo, especialmente em um momento de seca recorde que afeta os principais reservatórios de água do país e amplia o risco de incêndios florestais.