Dia Nacional da Adoção: caminhada na Avenida Paulista mobiliza famílias

Neste domingo (25) é comemorado o Dia Nacional da Adoção. A Associação dos Grupos de Apoio a Adoção do Estado de São Paulo (AGAAESP) reuniu familiares na Avenida Paulista para mostrar que a adoção é uma via legítima de parentalidade.

“O intuito é trazer a adoção para as ruas. Dar visibilidade para as crianças que estão em acolhimento. Nós queremos que toda criança viva em família”, afirmou Jessica Florêncio, presidente da AGAAESP, à CNN. A oitava caminhada da adoção mostrou que toda forma de amor que acolhe, é digna de orgulho.

Os influenciadores digitais Carlos e Lucas participaram da caminhada. Eles são um casal e se conheceram em 2009. Dez anos depois, a família ficou completa com a chegada dos três irmãos: Kawã, que na época tinha 12 anos, Edgar, com 9, e Ketlin, com 5.

Nas redes sociais, o casal compartilha com mais de 500 mil seguidores a rotina da família e celebra nas ruas a adoção dos três filhos.

Outra história da oitava caminhada da adoção é a de Adriana Mariani, que decidiu se tornar mãe sozinha. A comissária de bordo conta que não sentiu diferenças por ser uma adoção monoparental.

Há 14 anos, Adriana saiu de São Paulo para buscar o filho no Rio de Janeiro. Na época, Felipe tinha apenas nove meses. “A minha perna bambeou, o coração acelerou, deu um nó na garganta. Eu dei à luz ao meu filho naquele momento que vi ele”, disse, emocionada, à CNN.

A caminhada começou no vão do Masp, um dos cartões postais da cidade de São Paulo, e seguiu até a Faculdade Cásper Líbero. Com a visibilidade da Avenida Paulista, as famílias chamam atenção para um número que não bate: Em 2025, 5.210 crianças estão disponíveis para a adoção. Enquanto 34.590 pessoas querem adotar. Os dados são do Conselho Nacional de Justiça.

Cecilia de Albuquerque, advogada e ativista da adoção, contou à CNN que o Dia Nacional da Adoção é marcado pela conscientização que existem crianças e adolescentes em situação de acolhimento no nosso país que não têm voz.

“A gente caminha para que as pessoas não vejam mais a adoção como o tabu. A gente trabalha pela conscientização de que a adoção é uma filiação como qualquer outra, com os mesmos direitos”, afirmou.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.