Cadeirada em Marçal: “Se precisar, dou porrada”, disse Datena antes do debate

José Luiz Datena após dar cadeirada em Pablo Marçal durante debate: “Perdi a cabeça”Redação GPS

Em uma entrevista antes do debate da TV Cultura deste domingo (15), José Luiz Datena (PSDB) já demonstrava sinais de irritabilidade, mencionando seu choro durante uma sabatina realizada na sexta-feira (13). “Eu choro, sorrio, se precisar dar porrada, dou porrada,” comentou Datena antes do episódio em que agrediu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada.

O apresentador também havia afirmado que, embora preferisse manter uma postura mais “light e humana,” não hesitaria em responder às provocações com silêncio.

A agressão ocorreu após uma série de provocações e discussões intensas entre os dois candidatos. Datena foi expulso do debate, e Marçal deixou o programa imediatamente após o ataque e encontra-se hospitalizado com fraturas na região torácica.

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A confusão começou quando Marçal fez referência a uma acusação de assédio sexual contra Datena, um tema que o apresentador já havia afirmado ser falso e arquivado pela Justiça. Datena, visivelmente irritado, atacou Marçal com uma cadeira, o que levou à interrupção do debate. O restante dos candidatos continuou o programa.

O apresentador chamou o rival de “bandidinho” e mencionou o impacto negativo das acusações em sua vida pessoal e familiar.

O episódio escalou quando Marçal chamou Datena de “arregão” e o provocou com a gíria “Jack,” usada em contextos prisionais para descrever estupradores. Datena, enfurecido, avançou com a cadeira em direção a Marçal, golpeando-o.

Após a agressão, Marçal foi encaminhado ao Hospital Sírio-Libanês com sintomas de possíveis fraturas na região torácica e dificuldades respiratórias, de acordo com sua assessoria.

Datena, ao sair do local, afirmou ter “perdido a cabeça” e que sua reação foi motivada pela acusação que considerava injusta. O apresentador garantiu que pretende continuar sua candidatura e afastou os rumores de que poderia desistir da corrida eleitoral. Ele também expressou que não se arrepende do ocorrido e considerou que Marçal mereceu a agressão.

A situação entre os dois candidatos já havia sido tensa anteriormente, com um episódio de confronto no debate da TV Gazeta e Canal MyNews no início do mês. O caso do assédio sexual mencionado por Marçal remonta a uma denúncia feita por uma repórter em 2019, que posteriormente se retratou, afirmando ter sido pressionada a mudar sua versão.

Marçal, ao sair do teatro, comparou o incidente aos ataques sofridos por figuras políticas como Jair Bolsonaro e Donald Trump, expressando descontentamento com a continuidade do debate sem sua presença. A situação continua a ser monitorada de perto, com ambos os candidatos enfrentando consequências por suas ações.

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