A relação conflitante entre Donald Trump e as universidades de elite dos Estados Unidos ganhou mais um capítulo polêmico. Recentemente, a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, anunciou a revogação da certificação da Universidade de Harvard para matricular estudantes estrangeiros.
“Com efeito imediato, está revogada a certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio (SEVIS) da Universidade de Harvard”, afirmou Noem em um comunicado formal endereçado ao presidente interino da instituição, Alan Garber.
Segundo o governo, a ação serve como “um aviso” para outras universidades americanas. A medida, no entanto, só começará a ser aplicada no ano acadêmico de 2025-2026, segundo nota divulgada pelo Departamento de Segurança Interna (DHS). Desse modo, agora, estudantes sem cidadania americana, inclusive os já matriculados terão de buscar alternativas ou enfrentar a transferência compulsória.
Harvard se pronuncia
Em resposta, Harvard criticou duramente a decisão e anunciou que estuda os caminhos legais para contestá-la. A universidade declarou que a medida é “ilegal” e reafirmou seu compromisso com a diversidade internacional em seu corpo discente. “Permanece totalmente comprometida em manter a habilidade de receber estudantes e professores de mais de 140 países”, declarou a instituição.
Atualmente, a universidade abriga cerca de 6.800 estudantes internacionais, o que representa 27,2% do seu total de alunos, de acordo com dados do site ShunStudents.
