Mourão diz que “intervenção militar” pedida por manifestantes era inviável

O senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou nesta sexta-feira (23) que a intervenção militar pedida por manifestantes acampados em frente ao Quartel General (QG) do Exército em Brasília era “inviável”.

Mourão prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) como testemunha do ex-comandante da Marina Almir Garnier sobre a suposta trama golpista.

Na audiência, todas as defesas podem fazer perguntas à testemunha. Questionado pelo advogado de Jair Bolsonaro (PL) se o ex-presidente havia comentado com ele algo no sentido de inflar as manifestações, Mourão respondeu que não tinha conhecimento de nenhuma pressão de Bolsonaro.

“O que eu sabia era daquelas pessoas em frente ao quartel militar pedindo intervenção, que era totalmente inviável, mas que era um pedido que já vinha de muito tempo também”, afirmou o senador.

Mourão negou ter tido qualquer conhecimento sobre um plano de golpe de Estado e defendeu Bolsonaro durante depoimento.

Segundo ele, todas as reuniões de qual participou após as eleições trataram somente do período de transição.

Mourão disse ainda que Bolsonaro estava pronto para entregar o governo federal a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e chamou os atos de 8 de Janeiro de “baderna”.

As audiências de testemunha estão sendo realizadas por videoconferência e devem ocorrer até o dia 2 de junho.

Até então, já foram ouvidas 19 das 82 testemunhas arroladas no processo contra o chamado “núcleo 1” da trama golpista, considerado o grupo central na tentativa de ruptura institucional.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Mourão diz que “intervenção militar” pedida por manifestantes era inviável no site CNN Brasil.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.