Análise: Trump aprofunda crise entre governo e Universidade de Harvard

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou a tensão com a Universidade de Harvard ao suspender a autorização da instituição de ensino de receber estudantes estrangeiros.

A medida, anunciada pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA, cancela a certificação do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio de Harvard.

Segundo Kristi Nohm, chefe do departamento, a universidade está sendo responsabilizada por “promover violência, antissemitismo e por coordenar com o Partido Comunista Chinês em suas dependências”.

O governo americano indicou que deseja tomar medidas semelhantes em outras universidades.

No primeiro momento, Harvard divulgou um comunicado classificando a política como ilegal e acusando o governo de retaliação. A universidade reiterou seu compromisso em manter a capacidade de receber alunos e pesquisadores de mais de 140 países.

 

Já nesta sexta-feira (23), a instituição entrou com uma ação em um tribunal federal em resposta à decisão.

Impacto econômico e educacional

No ano letivo de 2024–2025, Harvard matriculou quase sete mil alunos internacionais, representando cerca de 30% das inscrições.

A Associação de Educadores Internacionais destaca que os estudantes estrangeiros não somente estimulam a economia local, mas também contribuem significativamente para as instituições acadêmicas por meio do pagamento de mensalidades.

Minutos após o anúncio, o juiz federal Jeffrey White bloqueou os esforços de Trump para encerrar o status legal de estudantes estrangeiros, evidenciando a complexidade legal da situação.

Histórico de tensões

Desde que assumiu o cargo, o republicano manteve uma postura hostil não somente contra Harvard, mas contra todo o sistema educacional americano.

Ele assinou uma ordem executiva para desmantelar o departamento de educação do país, ameaçou congelar o financiamento federal para Harvard e pressionou pelo fim do programa de diversidade da instituição.

A Casa Branca acusa Harvard e outras universidades de promoverem antissemitismo nos campi, embora não tenha fornecido provas concretas dessas alegações.

Simultaneamente, a administração Trump tenta revogar vistos de estudantes que participaram de protestos pró-Palestina no ano passado.

Essa escalada de tensões entre o governo e as instituições de ensino superior, especialmente as de elite como Harvard, reflete uma guerra cultural mais ampla e levanta preocupações sobre o futuro da educação superior e da pesquisa nos Estados Unidos.

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