Famílias denunciam casos de negligência em UPAs do DF; veja casos


Pelo menos três casos foram registrados em uma semana; demora no atendimento, falta de exames e de ambulâncias estão entre queixas. Iges-DF não se manifestou sobre o que foi feito após registros. Família denuncia demora no atendimento de homem que morreu em UPA do DF
Famílias do Distrito Federal denunciam supostos casos de negligência em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do Distrito Federal. Pelo menos três casos foram registrados em uma semana (veja detalhes abaixo).
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As queixas incluem demora no atendimento, falta de exames e de ambulâncias, e a impossibilidade de acompanhante na sala vermelha.
À TV Globo, o Iges-DF, que faz a gestão das UPAs na capital, não se manifestou sobre o que foi feito após o registro dos três casos.
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sobradinho-DF
TV Globo/Reprodução
Casos
Quinta-feira (22)
Uma senhora morreu na UPA de Planaltina nesta quinta-feira (22). A família conta que ela deu entrada na unidade com fortes dores na perna por causa de um tumor já diagnosticado. Ela faleceu após aguardar três dias por uma ambulância para levá-la para fazer um exame.
“Só na hora da morte que eles começam a querer fazer alguma coisa e aí pode ser tarde” , diz Fábio Almeida, sobrinho da vítima.
Segunda-feira (19)
Flávia Regina Rocha morreu a espera de uma UTI na UPA de Sobradinho-DF
TV Globo/Reprodução
Flávia Rocha, de 38 anos, faleceu na UPA de Sobradinho após procurar atendimento por causa de fortes dores abdominais. Ela foi atendida, medicada e recebeu alta. No entanto, horas depois, precisou retornar à unidade depois da piora no estado de saúde.
“Viemos correndo, mas ficamos aguardando, aguardando e aguardo, e nada. Quando chamou, já foi para dar notícia do óbito da minha filha. Eu não entendo. Até 15h da tarde, ela estava estabilizada e a noite vem a óbito?”, afirma o pai de Flávia.
O Iges-DF afirma que, neste caso, diz que Flávia recebeu a medicação indicada, teve exames laboratoriais solicitados, mas antes do retorno para a avaliação, deixou a unidade hospitalar por decisão própria. Familiares da vítima negam.
Domingo (18)
Aroldo Souza Castro morreu na UPA de Sobradinho II, no DF
Reprodução
Aroldo Souza Castro morreu também enquanto aguardava atendimento na UPA de Sobradinho. Testemunhas dizem que Aroldo recebeu remédio para dor muscular na sala de medicação e voltou para a espera.
Segundo a família, depois de passar pela triagem, foram mais de duas horas sem ser visto por um médico (veja vídeo no início da reportagem). Durante esse período, as dores no peito ficaram mais fortes e ele caiu da cadeira de rodas em que estava.
“Talvez, se um medico tivesse feito o mínimo, ele não tinha falecido, mas, infelizmente, ele virou as costas para ele e fez descaso. Ele caiu de cima da cadeira, bateu a cabeça no chão”, conta Edisônia de Castro, prima de Aroldo.
O Iges-DF diz que Aroldo foi atendido em menos de dez minutos e que foi transferido para a sala vermelha, onde foram feitas manobras de reanimação. A família também contesta a versão.
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