Suspeito de pedofilia usava jogos on-line para atrair vítimas

Gabriel Pinho Moraes, de 21 anos, foi preso temporariamente em Holambra, no interior de São Paulo, suspeito de armazenar imagens íntimas e pornográficas de crianças e adolescentes. A prisão foi autorizada pela Justiça após o avanço das investigações da Polícia Civil de Santos, litoral de São Paulo, que começaram em abril deste ano.

O caso começou quando a avó de um menino de 11 anos procurou o 5º Distrito Policial de Santos, na Baixada Santista, após encontrar conversas suspeitas no WhatsApp do neto. Segundo ela relatou à polícia, o conteúdo envolvia troca de mensagens com um adulto, posteriormente identificado como Gabriel.

As investigações revelaram que o suspeito atuava há pelo menos quatro anos aliciando crianças pela internet.

Como funcionava o crime?

Segundo a polícia, ele utilizava jogos online populares, como o Free Fire, para se aproximar das vítimas. Mesmo ciente de que se tratava de menores de idade, iniciava conversas e, caso houvesse uma interação considerada “positiva”, oferecia benefícios dentro do jogo em troca de fotos e vídeos íntimos.

Prisão no interior do estado

Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, policiais civis encontraram com Gabriel, celulares, pendrives e computadores com vasto material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.

O suspeito confessou os crimes e foi levado para Santos, onde permanece preso temporariamente por 30 dias.

Ameaçava as vítimas

Segundo o delegado Wagner Camargo Gouveia, do quinto distrito policial de Santos, responsável pela investigação, o suspeito também orientava as vítimas a apagar as conversas para dificultar qualquer denúncia.

“O armazenamento de fotos e vídeos é crime hediondo, além do crime de aliciamento de crianças. Identificamos outras vítimas no celular dele e agora vamos procurar os pais para serem informados”, disse o delegado à CNN.

A polícia acredita que Gabriel agia sozinho, mas não descarta a possibilidade de envolvimento em uma rede maior.

“A princípio, não temos elementos que indiquem venda ou compartilhamento do conteúdo. Era, aparentemente, para satisfação própria. Mas seguiremos investigando até termos certeza de que ele não integra um grupo maior de pedofilia”, completou Gouveia.

Ainda segundo o boletim de ocorrência, o suspeito trocava constantemente de número de telefone na tentativa de dificultar o rastreamento de suas ações. A reiteração dos crimes e a vulnerabilidade das vítimas foram determinantes para a expedição do mandado de prisão e de busca.

As investigações continuam, e a Polícia Civil trabalha agora para identificar e localizar outras vítimas no Brasil. A orientação das autoridades é para que pais e responsáveis redobrem a atenção com os conteúdos acessados por crianças, especialmente em ambientes de jogos e redes sociais.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Suspeito de pedofilia usava jogos on-line para atrair vítimas no site CNN Brasil.

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