Uma operação do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE) provocou revolta na comunidade imigrant após a prisão da brasileira Rosane Ferreira de Oliveira, em Worcester, Massachusetts. Segundo informações da revista Rolling Stone, os agentes federais usaram as filhas da mulher, como isca, no intuito de atraí-la para fora de casa.
Augusta Clara, de 21 anos, e sua irmã adolescente de 17, estavam saindo de carro acompanhadas do filho de três meses de Augusta quando foram paradas pelos agentes. Com medo, uma delas telefonou para Rosane, que permanecia dentro da residência. Os agentes justificaram que o bebê não poderia ficar sob os cuidados da tia menor de idade. Assim que Rosane saiu para buscar o neto, foi imediatamente presa.
O advogado de Augusta, Andrew Lattarulo, confirmou à imprensa que Rosane foi levada para uma unidade de detenção em Rhode Island. Ele teme que a próxima seja Augusta. “Ela é uma mãe de 21 anos e com um filho de 3 meses. O namorado dela também foi detido durante uma operação do ICE. Então, agora, ela está com medo”, declarou Lattarulo ao canal WCVB.
O Departamento de Segurança Interna justificou a prisão afirmando que Rosane é “uma criminosa violenta”, acusando-a de “agressão com arma perigosa e agressão a uma vítima grávida”. O advogado nega as acusações.
Segundo Augusta, a alegada agressão mencionada pelo ICE se refere a uma discussão doméstica entre sua mãe e a irmã de 17 anos. Em entrevista à rede Telemundo, ela revelou o receio de ser deportada, pois está nos Estados Unidos sob o programa de ação diferida, que concede autorização temporária de residência e trabalho a imigrantes que chegaram ainda na infância.
