Em 2023, o Brasil teve o menor número de nascimentos desde 1976, com 2,52 milhões de registros, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo IBGE. O total representa uma queda de 0,7% em comparação a 2022 e registra o quinto ano consecutivo de redução.
A pesquisa, que tem como base os cartórios de todo o Brasil, revelou que 18 das 27 unidades da federação registraram diminuição no número de nascimentos. Os maiores recuos foram em Rondônia (-3,7%), Amapá (-2,7%), Rio de Janeiro (-2,2%), Bahia (-1,8%) e São Paulo (-1,7%).
Queda de nascimentos atinge quase todo o país
Em contrapartida, nove estados apresentaram alta, com destaque para Tocantins (3,4%) e Goiás (2,8%). A região Centro-Oeste foi a única com crescimento geral, com aumento de 1,1%.
Embora o número represente um recorde negativo, o IBGE ressalta que, no passado, tinha mais sub-registros, o que significa que os números atuais oferecem uma visão mais verídica da realidade. Em média, 75 mil dos registros feitos em 2023 se referem a nascimentos que ocorreram em anos anteriores, ou não tiveram data definida.
Entre 2015 e 2019, a média anual de nascimentos no Brasil estava em torno de 2,87 milhões, o que mostra uma tendência consistente de queda na última década. A última vez que o país havia registrado um número tão baixo foi em 1976, com 2,467 milhões de nascimentos.
