A Wondermind, empresa de saúde mental cofundada por Selena Gomez, está passando por sua fase mais crítica desde que foi criada, em 2021. De acordo com reportagem da Forbes, a startup deixou de pagar salários de funcionários e freelancers desde março e agora sobrevive com a ajuda de um empréstimo pessoal feito pela CEO Mandy Teefey, mãe da cantora. As informações são da Forbes.
A operação da empresa, que emprega cerca de 15 pessoas, está sendo sustentada com o valor obtido após Teefey hipotecar sua casa. Fornecedores, redatores, agências de comunicação e até prestadores de serviço médico estão entre os credores, enquanto os funcionários perderam o acesso ao plano de saúde sem aviso.
Decisões polêmicas deixaram a situação mais grave
A startup foi fundada com a proposta de democratizar o cuidado com a saúde mental, por meio de entrevistas, podcasts e artigos. Em 2022, a empresa recebeu um investimento de US$ 5 milhões em uma rodada Série A e atingiu um valuation de US$ 100 milhões, com apoio de fundos como Serena Ventures, Sequoia Capital e Lightspeed Ventures.
Porém, a situação começou a se deteriorar no início de 2023, após a saída da cofundadora Daniella Pierson, que deixou o cargo de co-CEO sem explicações públicas. Desde então, Teefey assumiu a liderança sozinha e passou a rejeitar parcerias comerciais que envolviam a imagem de Selena Gomez, o que, segundo a Forbes, causou atrito e contribuiu para a crise.
Funcionários afirmam que o pagamento de março só foi realizado em abril, e os atrasos voltaram a ocorrer, inclusive no último ciclo de pagamento, no dia 30 de abril. Em e-mails internos, Teefey atribuiu os atrasos à dificuldade de concluir uma nova rodada de investimentos, a Série B, que teria US$ 8 milhões em negociações avançadas, mas ainda sem data para o aporte.
Apesar disso, a empresa divulgou, por meio de um porta-voz, que “a situação foi retificada” e que todos os pagamentos pendentes seriam feitos até esta segunda-feira (12). A Wondermind afirma estar “entrando em um novo capítulo” e que manterá sua missão de fortalecer o “fitness mental”.
Selena Gomez, que aparece no site como chief impact officer, não atua diretamente na gestão da empresa. “Temos que negociar com o agente dela para conseguir um post no Instagram. Em três anos, ela só nos encontrou uma vez”, revelou um funcionário à Forbes sob anonimato.
