Pressão no mercado de trabalho contribuiu para decisão do Copom, diz ata

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) destacou, na ata divulgada nesta terça-feira (13), que a pressão no mercado de trabalho contribuiu para a alta da Selic a 14,75% na reunião de 7 de maio.

O colegiado pontuou que o cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas e pela resiliência na atividade econômica.

“Ressaltou-se que a inflexão no mercado de trabalho também é parte do mecanismo de política monetária e deve se aprofundar ao longo do tempo, de modo compatível com um cenário de política monetária restritiva”, diz a ata.

Na avaliação do Copom, a conjuntura atual prescreve uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta.

Para a próxima reunião, o colegiado destacou ser necessário cautela adicional na atuação da política monetária. O encontro está marcado para os dias 17 e 18 de junho deste ano.

“Com relação à próxima reunião, o Comitê avaliou que o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação”, diz o documento.

Em decisão unânime, Copom elevou a Selic em 0,50 ponto percentual, levando a taxa básica de juros a 14,75% ao ano. É o maior patamar da Selic para a economia brasileira em quase 20 anos. A última vez em que a Selic esteve neste patamar foi em julho de 2006. A reunião da semana passada foi a sexta de aperto monetário.

“A política monetária significativamente contracionista já tem contribuído e seguirá contribuindo para a moderação de crescimento”, diz a ata.

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