Não é uma novidade que o uso excessivo de celular tem sido uma preocupação de pesquisadores e da medicina. Agora, uma nova pesquisa indica que a utilização de telas em um grande período tende a causar mais ansiedade em mulheres jovens.
O estudo foi conduzido por membros da Associação Europeia de Psiquiatria e apresentado neste domingo, no Congresso Europeu de Psiquiatria. Ele revela que o gênero tem uma ligação significativa ao tempo gasto com telas e aos efeitos negativos da prática.




O levantamento englobou 400 jovens adultos – 104 homens, 293 mulheres e três de outro gênero –, com idade média de 25,9 anos, e identificou que as mulheres jovens sofrem impactos maiores pelo uso excessivo de smartphones.
A conclusão dos autores levou a três fatores que podem tornar as mulheres mais vulneráveis à ansiedade: pressões sociais relativas à aparência e comparação social; maior ênfase na conectividade social; e maior sensibilidade emocional.
De acordo com a coautora Neha Pirwani, da Universidade Eotvos Lorand, da Hungria, os resultados mostram que as mulheres precisam de maior atenção e apoio extra para mitigar os efeitos do uso problemático de celulares.
“Nossas descobertas se somam a estudos anteriores que mostram que as mulheres podem enfrentar maior sofrimento e, portanto, precisam de atenção, orientação e ajuda adicionais em comparação com outros gêneros, para identificar o uso problemático de smartphones e o que isso pode levar. Nosso trabalho contínuo para entender melhor as causas e efeitos disso é fundamental para abordar essas questões entre a geração mais jovem.”
Especialistas
Os especialistas ainda deram sugestões de como prevenir esses efeitos negativos da utilização excessiva de telas. A lista inclui o incentivo ao engajamento social offline, a criação de limites para o tempo gasto no smartphone e a criação de mecanismos alternativos para enfrentar o problema.