Setor da soja dos EUA comemora acordo, mas alerta para vendas do Brasil

Produtores de soja dos Estados Unidos comemoraram o acordo preliminar entre Estados Unidos e China na guerra comercial. O líder do setor agradeceu o presidente Donald Trump, e disse ter esperança de um acordo permanente.

Apesar disso, alertou que a alíquota que permanece – de 10% – é elevada, e pode fazer a soja americana perder espaço para o Brasil e Argentina na China.

Caleb Ragland, presidente da Associação Americana de Soja e produtor no Kentucky, expressou satisfação com os “primeiros passos em direção a uma resolução”.

Em nota, ele agradeceu Trump por ter ouvido os apelos dos agricultores. “Os agricultores querem fazer sua parte, mas não podemos sustentar tarifas exponencialmente mais altas”, afirmou Ragland.

Apesar do avanço, Ragland foi enfático ao alertar que, apesar de melhores, as condições ainda são desfavoráveis aos sojicultores norte-americanos.

“A tarifa que permanece em vigor para a soja dos EUA está longe de ser insignificante. Produtos comprados de nossos concorrentes no Brasil e na Argentina não têm esse custo extra. Isso significa que a China recorrerá primeiro à América do Sul para suas compras e só comprará soja dos EUA quando for absolutamente necessário”, disse.

Outro ponto de tensão é o prazo do acordo. “A pausa de 90 dias terminará em agosto – bem antes da nossa temporada de colheita”, alertou.

A pressão sobre a administração americana é para que se encontre uma solução sustentável e de longo prazo que elimine completamente as tarifas e permita escoar a safra que será colhida em breve.

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