A Capela Sistina emitiu fumaça preta na manhã desta quinta-feira (8), às 6h51 (horário de Brasília), sinalizando que o conclave ainda não chegou a uma definição sobre quem será o próximo papa. A cor da fumaça indica que nenhum dos candidatos alcançou os votos necessários para assumir o trono de São Pedro.
Até o momento, já foram realizadas duas sessões de votação neste segundo dia do conclave. Apesar disso, os cardeais continuam sem chegar a um acordo. Mais duas rodadas estão previstas ainda para esta quinta-feira, aumentando as expectativas em torno da definição do novo pontífice.



Saiba como funciona o processo de escolha
Ao todo, 133 cardeais estão aptos a votar, e para eleger um novo papa, são necessários ao menos dois terços dos votos, ou seja, 89 votos. As votações ocorrem quatro vezes ao dia, mas a fumaça branca ou preta só é liberada em dois momentos específicos, ao meio-dia e às 19h no horário do Vaticano (7h e 14h de Brasília).
As cédulas da manhã são queimadas juntas e as da tarde também, o que determina a cor da fumaça. Se uma votação for bem-sucedida fora desses horários, uma liberação especial da fumaça branca pode ocorrer às 10h30 ou 17h30 (5h30 e 12h30 de Brasília).
Relembre histórico dos conclaves
Caso três dias de votação não resultem em escolha, os cardeais fazem uma pausa de um dia para reflexão, orações e uma exortação espiritual feita por um dos membros mais antigos da ordem dos diáconos. Se a indecisão persistir por sete votações adicionais, uma nova pausa pode ser convocada.
Se o conclave chegar a 34 votações sem consenso, o processo entra em uma espécie de “segundo turno”, onde os dois candidatos mais votados disputam diretamente e continuam precisando dos dois terços de votos para vencer.
Historicamente, o conclave mais rápido ocorreu em 1503, com a eleição de Júlio II, concluído em poucas horas. Já o mais longo foi o de Gregório X, que durou quase três anos, entre 1268 e 1271.