O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG), em entrevista à CNN, esclareceu a posição do partido em relação ao PT e às eleições futuras. Heringer enfatizou que o PDT sempre manteve sua independência, mesmo quando apoiou candidatos petistas em momentos específicos.
Segundo o deputado, a história recente do PDT demonstra uma constante busca por autonomia nas eleições presidenciais. “Nós nunca nos identificamos 100% com as teses do PT e vamos tentar o tempo todo manter a nossa [identidade]”, afirmou Heringer.
Histórico de candidaturas próprias
O líder pedetista fez um retrospecto das eleições desde 2002, destacando que o partido frequentemente lançou candidatos próprios à presidência:
- Em 2002, o PDT teve Ciro Gomes como candidato, apoiando Lula apenas no segundo turno;
- Em 2006, Cristóvão Buarque foi o candidato do partido;
- Em 2010 e 2014, o PDT não lançou candidatos;
- Em 2018 e 2022, o partido voltou a ter candidatura própria.
Heringer ressaltou que a prática de ter candidato próprio não significa “um pé em cada canoa”, mas sim uma busca constante por oferecer uma alternativa política ao país.
Posicionamento para 2026
Quanto às eleições de 2026, o deputado não antecipou o posicionamento do PDT, mas indicou que o partido continuará buscando manter sua identidade própria.
“Nós não queremos deixar nunca de pensar que podemos ter uma alternativa diferente de solução para o governo do Brasil”, declarou.
Heringer explicou que o apoio a outros candidatos no segundo turno é uma decisão pragmática, baseada na avaliação de quem apresenta menos defeitos em relação ao outro concorrente.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Nunca nos identificamos 100% com as teses do PT, diz líder do PDT à CNN no site CNN Brasil.