Na última terça-feira (6), dezenas de estudantes foram presos na Universidade de Washington, nos Estados Unidos, após ocuparem o Prédio de Engenharia Interdisciplinar durante um protesto pró-palestino. O ato foi promovido pelo grupo Students United for Palestinian Equality and Return (SUPER), que exige que a instituição rompa laços com a fabricante americana Boeing.
Segundo a universidade, o prédio foi ocupado por volta do horário de fechamento, e a polícia foi acionada rapidamente para conter a ação. O local foi parcialmente financiado por uma doação de US$ 10 milhões da Boeing, envolvida em contratos de fornecimento militar com Israel.
De acordo com Victor Balta, porta-voz da universidade, cerca de 30 manifestantes foram presos, acusados de invasão, vandalismo, conduta desordeira e conspiração. O caso será encaminhado aos promotores do condado, e os estudantes envolvidos também responderão a processos disciplinares internos.
Um porta-voz dos manifestantes declarou à emissora KOMO que o objetivo da ação era “eliminar a influência da Boeing e de outras corporações armamentistas do ambiente educacional.”
Este não é o primeiro protesto do tipo na Universidade de Washington. Em 2023, estudantes montaram um acampamento por três semanas exigindo o rompimento de vínculos com Israel, mas a ação foi encerrada após acordo com a instituição, em meio a denúncias de pichações antissemitas. A SUPER UW, atualmente suspensa pela universidade, foi classificada como “antissemita” por representantes da instituição após a recente ocupação.
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