Ter um carro automático requer alguns cuidados. Hoje, há diversos tipos de câmbio, que vão desde CVT, automatizados e também os automáticos.
Para os modelos com a transmissão sem embreagem, a troca de óleo é uma revisão que deve ser pensada. A reportagem da CNN consultou alguns especialistas para explicar mais sobre o assunto.
Apesar de muitas montadoras indicarem em seus manuais que o fluido do câmbio automático é “de longa vida” e não exige substituição, cresce no mercado a orientação de técnicos e oficinas especializadas para realizar a troca em revisões preventivas.
A justificativa tem base na experiência prática desses profissionais, que afirmam observar uma degradação do óleo com o tempo, especialmente entre 60 mil e 100 mil quilômetros.
“O técnico que abre o câmbio, que é acostumado a fazer esse serviço, ele entende quando o fluido deve ser substituído”, explica o técnico em Automobilística Anderson Cesar Lira.

Para que serve o óleo?
O fluido da transmissão automática é responsável por lubrificar, refrigerar e permitir o funcionamento suave dos componentes internos da caixa de câmbio.
Com o tempo, porém, ele perde viscosidade e eficiência, devido ao atrito entre peças, altas temperaturas e até mesmo à contaminação por água, no caso de veículos que passaram por alagamentos.
Para o diretor técnico da Associação de Profissionais Técnicos em Transmissão Automática (APTTA), Carlos Napoletano Neto, o óleo, de fato, se degrada com o tempo.
“Ainda mais rapidamente se a transmissão trabalhar sob condições severas de temperatura, torque excessivo, topografia e umidade”, detalha Neto.
Para o técnico, essa substituição do óleo pode ajudar a caixa de câmbio a ser manter em bom funcionamento.
“Como o fluido exerce várias funções tais como lubrificação, transferência de calor, transferência de torque, vedação, limpeza, ele precisa ser substituído regularmente para preservar o desempenho da caixa automática”, acrescenta.
Fluido de longa vida
Apesar de muitas montadoras utilizarem o termo “fluido para a vida toda”, o diretor técnico da APTTA alerta que essa definição costuma se referir apenas ao período de garantia do veículo.
“Nenhuma máquina que utiliza lubrificante para seu funcionamento pode trabalhar toda sua vida com o mesmo óleo, pois isto o câmbio. Após o período de garantia, o cliente deverá arcar com os custos de manutenção e a transmissão está entre estes itens”, sinaliza o especialista.
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Este conteúdo foi originalmente publicado em Óleo de câmbio automático: precisa trocar ou é vitalício? no site CNN Brasil.