Agro deve focar em ganhos estruturais com tarifaço dos EUA, diz Marcos Jank

A guerra comercial entre Estados Unidos e China pode abrir oportunidades significativas para o agronegócio brasileiro, segundo o professor do Insper Agro, Marcos Jank. Em vez de se concentrar em ganhos e perdas conjunturais, o especialista sugere que o Brasil deve focar em questões estruturais para fortalecer sua posição no mercado global.

Jank destaca três áreas principais de oportunidade: a consolidação da abertura de mercados, as possibilidades de diversificação e a adição de valor nas exportações. No cenário atual de incertezas e volatilidade, essas estratégias podem trazer benefícios duradouros para o setor agrícola brasileiro.

Soja: reduzindo a dependência da China

No caso da soja, o especialista aponta que a China está comprando o máximo possível do Brasil e do hemisfério sul para reduzir sua dependência dos Estados Unidos no segundo semestre. Isso cria uma oportunidade para o Brasil diversificar seus próprios compradores, já que atualmente 73% das exportações de soja brasileira são destinadas ao mercado chinês.

Uma alternativa proposta por Jank é aumentar a mistura de biodiesel no diesel de 14% para 15%, como estava previsto para março passado. Essa medida resultaria na moagem adicional de 2 milhões de toneladas de soja no país, com 20% transformado em óleo ou biodiesel e 80% em farelo para exportação ou uso na produção de carnes.

Carnes: consolidação e expansão de mercados

Para o setor de carnes, Jank sugere duas estratégias principais. Primeiramente, consolidar a abertura do mercado chinês através da habilitação de mais plantas frigoríficas, permitindo que o Brasil substitua os Estados Unidos no fornecimento de carne suína, de aves e bovina para a China.

Em segundo lugar, o especialista recomenda trabalhar na abertura de outros mercados ainda relativamente fechados para o Brasil, como Japão, Coreia do Sul, Indonésia, Turquia e Vietnã. O foco deve ser não apenas nas barreiras tarifárias, mas também nas não tarifárias, como barreiras técnicas, ambientais, sanitárias e cotas de importação.

Jank conclui que, enquanto os Estados Unidos adotam uma postura mais protecionista, o Brasil tem a oportunidade de se posicionar como um fornecedor seguro e confiável de produtos agropecuários e alimentos para o mundo todo, buscando mercados mais livres e abertos.

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