Paolla Oliveira fala sobre pressão para se tornar mãe: “Julgada”

Durante sua participação no programa Roda Viva, exibido nesta segunda-feira (5) pela TV Cultura, a atriz Paolla Oliveira falou sobre um tema delicado, mas cada vez mais presente nas conversas sobre liberdade e identidade feminina, a escolha consciente de não ser mãe.

Paolla relatou que durante muito tempo sentiu-se envergonhada por sequer considerar a ideia de não ter filhos. “Hoje, não carrego mais essa vergonha. Antes, inventava justificativas, achava que o erro estava em mim. Agora, simplesmente digo: é uma possibilidade real para mim”, afirmou a atriz.

Ela contou que já foi abordada por mulheres nas ruas e criticada por não corresponder ao ideal tradicional de feminilidade. “Já me chamaram de insensível, de menos mulher. Teve até uma campanha publicitária da qual fui descartada porque me disseram que eu era ‘menos família’. Como se não amar ou cuidar da família estivesse condicionado à maternidade”, desabafou.

Escolha

A atriz aproveitou o espaço para ressaltar que a maternidade deve ser um caminho escolhido e não imposto, destacando sua própria iniciativa de congelar óvulos para manter aberta a possibilidade no futuro. “Nem todas têm o privilégio de decidir com liberdade. Eu quis ter essa chance, sem pressa, sem cobrança.”

Paolla também fez questão de mencionar a crescente quantidade de mulheres que, assim como ela, não veem a maternidade como destino obrigatório. “É cruel pensar que a vida de uma mulher vale menos por ela não ter filhos. Hoje, quase 40% das mulheres fazem essa escolha, e é uma decisão legítima. A gente precisa normalizar isso.”

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