A insegurança gerada por arrombamentos e constantes ataques de moradores em situação de rua contra comércios continuam sendo a maior das preocupações de quem ainda se arrisca a ter um negócio de rua, em especial no centro da Capital. A situação chegou a um estágio em que muitas pessoas desistem de empreender diante do cenário de caos generalizado.
O assunto foi trazido à tona na sessão desta segunda-feira (5) da Câmara de Florianópolis. O vereador Claudinei Marques (Republicanos) disse que foi procurado por um empresário que informou sobre vários casos de arrombamento em lojas no centro da Capital ocorridos neste início de semana. “Não podemos aceitar isso aqui. Isso não é morador de rua, é bandido”, ponderou.
O vereador comentou que os empresários estavam propensos em realizar uma reunião emergencial para tratar do tema nesta noite de segunda (5), porém, como estava agendada a reunião mensal do Conseg do Centro para essa mesma noite, preferiram esperar para ver se sairia deste encontro alguma solução. “A população está desesperada, os empresários estão desesperados”, frisou o vereador.
Bruno é cobrado
De uma forma geral os vereadores entendem como necessário cobrar mais ação do secretário de Assistência Social, Bruno Souza (PL), no sentido de ao menos amenizar essa questão dos moradores de rua. O vereador Claudinei Marques, por exemplo, quer uma reunião com Bruno. “Ele disse que ia resolver isso tudo e até agora não resolveu nada. É só discurso e só fechou onde eles comiam que não muda nada”, disparou Claudinei. No geral os vereadores concordam que o secretário se preocupa mais em aparecer e gravar ‘videozinho’ e tem pouca efetividade no cargo.
Contrato da Passarela
Ainda na questão dos moradores em situação de rua o vereador Camasão (PSOL) mostrou preocupação em virtude da aproximação do encerramento do contrato com a organização responsável pela gestão dos serviços prestados na Passarela da Cidadania que oferece suporte aos moradores de rua no centro da Capital. Segundo ele, até o momento a atual administração não revelou qual encaminhando será dado.
Ao menos um projeto
A vereadora Manu Vieira (PL) também se mostrou preocupada com a questão dos moradores em situação de rua. Ele aponta que a Câmara tem que sair do discurso e construir ao menos uma proposta prática para atacar o problema. “O que estamos fazendo para resolver o problema? Um projeto ao menos, é o que eu peço. Tem que sair dessa Casa para resolver isso ao menos um projeto”, disse.
O projeto: hipocrisia
Impressionante como passado pouco tempo de quando foi aprovado o projeto permitindo a internação involuntária para tratamento de dependentes químicos em Florianópolis – que prometiam que acabaria com boa parte da população de rua – ninguém mais fala nada sobre o assunto.
Como político gosta de surfar em propostas demagogas que na prática não funcionam em nada mais servem para gerar engajamento ideológico.
Lembro que na prática parecia que Floripa se tornaria um outro mundo, sem viciados pelas ruas. Todos seriam catados a força e jogados em uma instituição para tratamento. Nada como o tempo para expor essas hipocrisias do mundo político. Será que algum vereador que aprovou o projeto em 2024 tem algo a dizer?
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Presepada na saúde
Essa decisão de decretar situação de emergência na saúde em função do agravamento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e mesmo assim manter o ponto facultativo na última sexta-feira (2) é sem dúvidas a maior presepada da atual administração neste ano, em Florianópolis. Lembrando que a emergência foi decretada no feriado de 1º de Maio, justamente na véspera do ponto facultativo que teve os postos de saúde fechados. Justamente os postos que serviriam como o principal ponto de atendimento para evitar sobrecarga em UPAs e hospitais.
Prato cheio
É claro que a ingerência na saúde nesta época do ano diante do aumento dos casos de doenças respiratórias foi um prato cheio para os vereadores de oposição na Câmara. Sobraram argumentos para quem queria atacar e faltou argumento para o líder do governo.
Segundo a prefeitura, há ocupação de 100% dos leitos de retaguarda hospitalares na Capital e na região metropolitana. De acordo com o Executivo, houve um aumento expressivo nos índices de internações em leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) neonatal, pediátrica e de adultos. Florianópolis já registrou mais de 400 casos relacionados à SRAG. Isso é muito grave. Errou feio o governo municipal.
Convocação
O vereador Afrânio Boppré (PSOL) apresentou, na segunda-feira (5), requerimento para que a Câmara Municipal convoque o Secretário de Saúde de Florianópolis, Almir Gentil, com o objetivo de que explique o aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Município.
“Quero que o Secretário explique quais foram as causas do agravamento deste problema e como o Governo Topázio deixou que a situação chegasse a esse ponto. O Executivo deve explicações!”, justifica o vereador Afrânio.
Anti-vacina
Um dos grandes responsáveis por esse elevado índice de casos de doenças respiratórias é a repulsa da população em se proteger através da vacinação. Um resultado da política anti-vacina promovida pela ala política ligada ao Bolsonarismo nesse País. O movimento iniciou na pandemia e continua forte. Entrou na mente das pessoas que a vacina, que sempre protegeu a civilização e ajudou a exterminar várias doenças como o sarampo, agora é prejudicial. Um surto coletivo provocado pela ideologia que nasceu especialmente nos Estados Unidos.
Anti-vacina (II)
O irônico disso tudo é que os líderes políticos que ajudaram a criar essa propaganda contra a vacina, agora governam várias cidades de SC e sofrem para administrar o setor de saúde à beira do colapso. O quadro é o mesmo em cidades como Chapecó, no Vale do Itajaí ou Sul do Estado. É o preço que se paga pela desinformação.

Saia justa
O vereador João Bericó (PL) colocou seu colega de partido, o vereador Pastor Giliard Torquato em uma saia justa na sessão desta segunda (5). Bericó usou a tribuna para fazer uma cobrança pública contra o intendente da Barra da Lagoa, que, na sua opinião, não está entregando bons serviços e deixa muito a desejar. “Tem que mudar e se não entrar na linha, pede pra sair”, disse Bericó. O detalhe é que o intendente é indicação de Giliard, que só pode concordar com o colega.
Moral alta
O secretário do Continente, João Paixão (MDB) esteve na Câmara nesta segunda, acompanhando o deputado federal, Valdir Cobalchini (MDB). A sessão estava rolando e Gui Pereira (PSD), que presidia os trabalhos, cumprimentou Paixão e brincou: “o melhor secretário do Continente, depois de mim, é claro”. Ele foi seguido pelo vereador Mamá (UB). “O cara é fora de série, trabalhador” disse Mamá. Aliás, Paixão é praticamente uma unanimidade entre os vereadores. Tem amplo respaldo. Arrisco-me a dizer que é o secretário mais bem avaliado do governo Topázio.
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