O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) saiu em defesa do ex-ministro da Previdência Social e presidente nacional licenciado do PDT, Carlos Lupi, nesta terça-feira (6). Na ocasião, Ciro falou sobre a “farra do INSS” e criticou a escolha de Wolney Queiroz, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para chefiar a autarquia.
Além de Lula, de quem foi ministro da Integração Nacional entre 2003 e 2006, Ciro responsabilizou ainda os ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) pelo escândalo envolvendo descontos indevidos de aposentados e pensionistas do INSS.
“Isto aqui é o foco da minha indignação. Infelizmente, olha o que eles falam: ‘Começou com o Bolsonaro’. Verdade. Começou com o Temer, passou para o Bolsonaro, na faixa de R$ 200 milhões, R$ 300 milhões por ano. No governo Lula, passou para R$ 3 bilhões por ano”, disse Ciro a jornalistas.
Na sequência, o pedetista defendeu que as investigações da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) sejam aprofundadas e que os responsáveis pelos desvios respondam por suas ações.
Quem é o responsável político por essa questão? É o Temer, é o Bolsonaro e é o Lula
Ciro Gomes, ex-presidenciável pelo PDT
Lupi é “homem sério”
Ao elogiar o ex-ministro da Previdência Social, Ciro afirmou que Lupi é um “homem sério” e acusou Lula de fritá-lo após as revelações das últimas semanas.
“O Lupi, até onde eu sei, e eu sei muito, é um homem sério. Um homem de vida simples. Conheço, já fui na casa dele muitas vezes. Não tem nenhum hábito, nenhum sinal exterior de riqueza”, declarou Ciro.
“Na medida em que o Lula queima, frita o Lupi e nomeia o seu braço-direito para o lugar, ele está apenas conseguindo subornar vocês, da imprensa. Por quê? Qual é a culpa do Lupi se não uma responsabilidade remota, que cabe ao Lula, política, não dolosa e tal?”, acrescentou.
Lupi pediu demissão do Ministério da Previdência Social na última sexta-feira (2), na esteira dos acontecimentos que se sucederam à operação da PF e da CGU que revelou fraudes bilionárias no INSS. No mesmo dia da operação, deflagrada em 23 de abril, o então presidente da autarquia, Alessandro Stefanutto, pediu demissão.
O novo presidente do INSS, Wolney Queiroz, escolhido a dedo por Lula, também não foi poupado pelo ex-presidenciável.
“Ora, e o que o Lupi fez de omissão que o secretário-executivo do ministério, nada mais, nada menos que o responsável pela gestão do ministério, deixou de fazer igual?”, questionou Ciro.
Por fim, o ex-presidenciável disse estar “morto de vergonha” com toda a situação.
“Isto é envergonhante para mim. Eu fico morto de vergonha e acho uma indignidade inexplicável”, concluiu.
A CNN entrou em contato com Michel Temer, Jair Bolsonaro e com o Palácio do Planalto para comentar as declarações de Ciro Gomes. O espaço segue aberto para manifestação.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Fraude no INSS: Ciro defende Lupi e ataca escolha de Lula para Previdência no site CNN Brasil.