
Neto de 20 anos e mais duas pessoas, incluindo adolescente, são investigados pela morte de Raimunda Gois dos Santos, de 59 anos. Crime aconteceu em Araguaína e os três confessaram o crime, segundo a polícia. Raimunda Gois dos Santos, de 59 anos, foi encontrada morta dentro de casa
Divulgação
Raimunda Gois dos Santos, de 59 anos, é descrita pela filha como uma pessoa muito alegre e que gostava de sorrir. O corpo dela foi encontrado com sinais de violência dentro da própria casa em Araguaína, no norte do Tocantins. O crime teria acontecido porque ela não quis emprestar seu carro para o neto, de 20 anos, que foi preso pela Polícia Civil.
“Ela gostava muito de dançar, viajar, fazer doces. Ela era a mais animada, onde chegava animava o local, gostava muito de rir, conversar e principalmente dançar”, comentou Quelmene Barbosa dos Santos, filha da vítima.
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O assassinato de Raimunda foi registrado na manhã de domingo (4). Policiais militares foram chamados por causa de um abandonado após um acidente na região da Feirinha, em Araguaína. Ao descobrirem que Raimunda era a proprietária, a equipe foi até a casa dela, no setor Tocantins, e localizou o corpo com sinais de violência.
Além do neto, um jovem de 19 anos foi preso e um adolescente apreendido. O motivo do assassinato seria porque Raimunda não queria entregar o carro para o neto. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados e por isso o g1 não conseguiu contato da defesa dele.
A filha conta que a mãe ficou viúva há quatro anos e não trabalhava. Raimunda morava sozinha, mas há cerca de quatro meses recebeu o neto suspeito pelo crime para viver com ela.
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Possível motivação para o assassinato
Carro foi abandonado na região da Feirinha, em Araguaína
Divulgação/PMTO
De acordo com a Polícia Civil, testemunhas informaram que Raimunda passou a tarde de sábado (3) com o neto e outros dois homens em uma chácara. Ainda no sábado, à noite, ela foi vista em um bar com eles e, mais tarde, seguiu para casa. Foi nesse momento que o plano teria sido arquitetado pelos suspeitos.
Segundo a polícia, o neto da vítima confessou que voltou à casa acompanhado dos comparsas e supostamente cometeram o assassinato.
Um dos suspeitos também contou à polícia que Raimunda teria se desentendido com o neto, que queria sair com o carro, mas ela não permitiu. Esse teria sido o motivo que levou os três a matarem a mulher.
O delegado Breno Eduardo Campos Alves informou em entrevista à TV Anhanguera que o neto obrigou a vítima a passar as senhas de acesso à conta bancária mediante ameaças e agressões.
“Ela foi agredida por esses indivíduos, eles tentaram amarrá-la e conseguiram então desacordá-la e matá-la. Eles pegaram aparelhos de telefone e celular dela, ainda durante a tortura, obrigaram ela a passar a senha das contas bancárias e quando saíram da residência com o veículo, conseguiram fazer transferências bancárias para as contas deles e ainda transferir esse dinheiro para compra de passagens, pois queriam evadir da cidade”, explicou.
Depois de amarrarem e matarem a vítima enforcada, eles pegaram o carro, mas acabaram batendo o veículo e o abandonaram na região da Feirinha. Depois, segundo o delegado, fizeram transferências bancárias para comprar passagens de ônibus com o objetivo e fugir da cidade. Chegaram a ir para a rodoviária e se separaram, mas acabaram sendo localizados pela PM no domingo.
Prisão dos suspeitos
O jovem de 19 anos foi localizado no Setor Céu Azul, em Araguaína, e confessou que voltou à casa da vítima com o neto de Raimunda e com o adolescente. O neto, que tem passagem pela polícia por um homicídio no Pará, foi preso pela polícia em Xambioá, enquanto tentava fugir para o estado vizinho.
Os três suspeitos foram apresentados na Delegacia da Polícia Civil de Araguaína e autuados pelo crime de latrocínio e ato infracional análogo a latrocínio, no caso do adolescente. O caso está sendo investigado pela 2ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa.
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