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Roosevelt Cassio/SindmetalSJC
O Dia Internacional do Trabalhador precisa ter sua história difundida aos trabalhadores, principalmente os mais jovens. Essa é a posição defendida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região (SindmetalSJC).
“Muitas vezes, os trabalhadores não conhecem a origem do 1º de Maio. Para termos uma série de direitos hoje em dia, operários tiveram de lutar muito e até se sacrificar no passado”, afirma o presidente do SindmetalSJC, Weller Gonçalves.
Nesse aspecto, o posicionamento do Sindicato se difere do de outras organizações sindicais, como as filiadas às centrais CUT e Força Sindical, que costumam fazer festas ou sorteios no Dia Internacional do Trabalhador.
Para Weller, isso deturpa o sentido da data. “O 1º de Maio não é dia de sortear carro, mas de levar a classe trabalhadora às ruas, como acontece em todo o mundo, para que expresse suas reivindicações”, acrescenta Weller.
Este ano, a CSP-Conlutas, entidade à qual o SindmetalSJC é filiado, organizou uma manifestação do Dia Internacional do Trabalhador de forma independente. O ato foi realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, buscando respeitar as raízes da data.
Histórico
1º de maio de 1886. Essa data marcou mundialmente a história da resistência e da luta por melhores condições de trabalho.
Marcada como Dia Internacional do Trabalhador, a data é um chamado para as manifestações por direitos e contra a exploração.
O 1º de Maio tem sua origem nas manifestações operárias que tomaram as ruas de Chicago (Estados Unidos), em 1886, quando milhares de trabalhadores entraram em greve e exigiram a redução da jornada de trabalho para oito horas diárias. Na época, operários cumpriam jornadas de até 16 horas por dia.
Greve geral
A greve geral nos Estados Unidos iniciada em 1º de maio daquele ano culminou, dias depois, em violenta repressão policial contra os trabalhadores e na execução de lideranças sindicais.
Sindicatos foram fechados e mais de 300 líderes grevistas foram presos e torturados. Quatro dirigentes sindicais foram condenados à forca.
O movimento tornou-se símbolo da luta por melhores condições de trabalho — uma batalha que ainda está longe de terminar
A luta continua
Em pleno século 21, operários ainda enfrentam jornadas abusivas. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de 30% dos trabalhadores brasileiros ultrapassam a jornada de 44 horas semanais.
A história mostra que direitos nunca são concedidos; são conquistados.
“A luta que começou nas ruas de Chicago ainda não terminou, e as vozes que exigiam mais tempo de descanso e de lazer continuam ecoando no Brasil de hoje”, afirma o diretor do SindmetalSJC José Dantas Sobrinho.