O Mounjaro, medicamento da farmacêutica Eli Lilly, chega ao Brasil na primeira quinzena de maio. Embora tenha sido aprovado pela Anvisa para tratar diabetes tipo 2, ele ganhou fama pelo uso off-label na perda de peso — e por ser mais potente que o famoso Ozempic.
No exterior, a substância ativa tirzepatida já é liberada para obesidade e vendida como Zepbound. Por aqui, a indicação para emagrecimento ainda está em análise pela Anvisa.
Qual a diferença entre Mounjaro e Ozempic?
Ambos fazem parte da classe dos análogos do GLP-1, mas o Mounjaro tem uma vantagem: ele simula não só o hormônio GLP-1, como também o GIP, sendo considerado de última geração. Esse duplo efeito aumenta a saciedade e reduz a digestão, favorecendo a perda de peso e o controle da glicemia.
Quanto vai custar o Mounjaro no Brasil?
O valor do medicamento pode variar entre R$ 1.882 e R$ 4.006, dependendo do estado e da dosagem. Inicialmente, serão vendidas as versões de 2,5 mg e 5 mg:
- 2,5 mg: R$ 1.406,75 no e-commerce da Lilly
- 5 mg: R$ 1.759,64 no e-commerce da Lilly
- Fora do programa da empresa, os preços podem chegar a R$ 2.384,34
Cada embalagem vem com quatro canetas, o suficiente para um mês de tratamento.
Sim. A Anvisa exige receita médica com retenção para a compra de Mounjaro e outros agonistas de GLP-1, como Ozempic, Wegovy e Saxenda. A prescrição também é necessária para aderir ao programa Lilly Melhor Para Você, que oferece suporte gratuito aos pacientes.
Mounjaro emagrece mais que o Ozempic?
Estudos clínicos mostraram que a tirzepatida (Mounjaro) pode levar a uma perda de peso de até 25,3% em 20 meses, enquanto a semaglutida (Ozempic) resulta em cerca de 17,4% em 15 meses.
Em testes comparativos, o Mounjaro demonstrou uma eficácia 47% superior em relação ao Ozempic quando analisadas as doses máximas toleradas em pacientes com obesidade e comorbidades.
Os efeitos adversos mais comuns são náuseas, vômitos e diarreia, geralmente leves e passageiros. Por isso, o tratamento costuma começar com doses menores.
