A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados acionou o Conselho de Ética da Casa para pedir a suspensão do mandato do deputado Gilvan da Federal (PL-ES) por seis meses. O documento foi protocolado na quarta-feira (30).
A representação aponta que a Mesa foi acionada pela Corregedoria Parlamentar. O órgão relatou ações “incompatíveis com o decoro parlamentar” durante uma reunião da Comissão de Segurança Pública na terça-feira (29).
O documento aponta que, na ocasião, Gilvan se referiu à ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), que também é deputada licenciada, com palavras “ofensivas e difamatórias”.
Durante a sessão, o deputado associou a ministra ao apelido “amante”, que teria sido atribuído a ela em uma lista de supostos repasses ilegais da empresa Odebrecht a políticos. Gilvan também disse que a pessoa apelidada de “amante” devia “ser uma prostituta do caramba”.
Após as falas, Gilvan protagonizou uma discussão com o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), esposo de Gleisi.
“O representado, em flagrante abuso de suas prerrogativas constitucionais e com o animus de ferir a imagem da ministra Gleisi Hoffmann, fez insinuações abertamente ultrajantes, desonrosas e depreciativas”, consta no documento.
Conselho de Ética
Segundo a representação, as falas de Gilvan excederam o direito de liberdade de expressão e caracteriazaram abuso das prerrogativas parlamentares. O documento foi encaminhado ao Conselho de Ética e aguarda a designação de um relator.
A representação é assinada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e pelos demais integrantes da Mesa Diretora: Elmar Nascimento (União-BA), Carlos Veras (PT-PE), Lula da Fonte (PP-PE) e Delegada Katarina (PSD-SE). O vice-presidente da Câmara, que é do mesmo partido que Gilvan da Federal, não assinou o documento.
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