Novo remédio para emagrecer causa contrabando e fila de espera no Brasil; saiba qual!

Antes mesmo de chegar oficialmente nas farmácias brasileiras, o Mounjaro já movimenta o mercado paralelo em busca do chamado “novo Graal” do emagrecimento. O medicamento, com previsão de chegada ao país até o dia 15 de maio, promete resultados ainda mais eficazes que o popular Ozempic e já é alvo de contrabando, vendas clandestinas online e listas de espera em farmácias. As informações são do O Globo.

Fabricado pela farmacêutica Eli Lilly, o Mounjaro foi lançado nos Estados Unidos em 2022 e teve sua aprovação pela Anvisa confirmada em 2023. De uso injetável, a substância tem como princípio ativo a tirzepatida, uma molécula que atua de forma dupla nos receptores hormonais GLP-1 e GIP, responsáveis por controlar a saciedade.

“O corpo entende estar recebendo esses hormônios, que sinalizam ao cérebro que estamos satisfeitos e podemos parar de comer”, explica Luiz Magno, diretor médico da Eli Lilly. A substância, indicada originalmente para tratar diabetes tipo 2, vem sendo cada vez mais utilizada com foco na perda de peso. Segundo Magno, “quase 92% dos diabéticos que usam diariamente 15 mg de tirzepatida conseguem redução importante no índice glicêmico”.

Enquanto o medicamento não chega oficialmente às prateleiras, o cenário é de demanda descontrolada. Farmácias montaram listas de espera e, nas redes sociais, perfis têm comercializado versões manipuladas, o que é proibido pela Anvisa. O contrabando também preocupa: só nos primeiros meses de 2025, a Polícia Federal apreendeu cerca de R$ 3 milhões em produtos ilegais relacionados ao Mounjaro nos aeroportos do país. Em fevereiro, um caso inusitado chamou atenção: um homem foi flagrado com 30 canetas do remédio escondidas na cueca.

Além disso, apesar dos relatos de menos efeitos colaterais em comparação a concorrentes como Ozempic e Wegovy, o uso indiscriminado da tirzepatida pode provocar náuseas, vômitos e desconfortos gastrointestinais.

Por trás da febre está uma promessa farmacológica: o GIP atua também no metabolismo da gordura no fígado e no aumento do gasto calórico, o que, combinado à ação do GLP-1, potencializa a perda de peso. “Dois terços da ação sobre a insulina vêm do GIP, por isso o aumento da eficácia para tratar diabetes”, destaca Magno.

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