A Weg anunciou nesta quarta-feira (30) lucro líquido nos três primeiros meses do ano de R$ 1,54 bilhão, crescimento de 16,4% sobre o desempenho do primeiro trimestre de 2024, mas abaixo do esperado pelo mercado.
A fabricante de motores elétricos e dispositivos eletrônicos industriais teve um resultado operacional medido pelo Ebitda de R$ 2,17 bilhões, expansão de 22,8% na comparação anual, com a margem passando de 22,1% para 21,6%.
Analistas, em média, esperavam lucro líquido de R$ 1,78 bilhão para a Weg no primeiro trimestre, e Ebitda de R$ 2,37 bilhões, segundo dados da LSEG.
Uma das principais métricas usadas pela Weg para medir a qualidade de seus resultados é o retorno sobre capital investido (Roic), que recuou 5,7 pontos no período, para 33,2%.
A empresa, uma das líderes no setor nas Américas, afirmou que o recuo na rentabilidade ocorreu diante dos investimentos em “ativos fixos e intangíveis, além da aquisição dos negócios da Marathon, Rotor e Cemp”, se referindo à compra dos ativos da norte-americana Regal Rexnord anunciada em setembro de 2023 — o maior negócio já realizado pela Weg.
A companhia ainda citou que a queda do chamado Roic ocorreu diante de uma rentabilidade do primeiro trimestre de 2024 que foi “positivamente impactada pelo reconhecimento de incentivo fiscal não recorrente referente à nova controlada na Suíça”.
“Apesar do momento de incerteza no cenário geopolítico atual, continuamos confiantes em nosso modelo de negócio, sustentado por uma visão de longo prazo, presença global e diversificação de produtos”, afirmou a Weg no balanço, sem fazer projeções e citando que a combinação desses fatores ajuda a “mitigar riscos em momentos de oscilação”.
A Weg afirmou que ajustando pelos efeitos da consolidação dos negócios adquiridos da Marathon, Rotor, Cemp, Volt Electric Motor e Reivax, a receita líquida do primeiro trimestre teria crescido 16,3% sobre um ano antes.
Sem os ajustes, o faturamento líquido ficou em R$ 10,08 bilhões no período, crescimento anual de 25,5%, abaixo dos R$10,49 bilhões esperados pelo mercado, em média, segundo a LSEG. Do total, 56% foi obtido fora do Brasil.
A empresa afirmou que, nos equipamentos de ciclo longo do segmento de produtos eletroeletrônicos industriais, houve no trimestre “melhora na entrada de pedidos” no mercado externo, “contribuindo para a construção de uma carteira de pedidos saudável para os próximos trimestres”.
Nos negócios de geração, também no mercado externo, houve “continuidade da boa demanda do negócio de geradores adquiridos da Marathon”, afirmou a Weg no balanço, citando que também no segmento houve a formação de uma carteira de encomendas “saudável” na Índia e EUA.
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