Show de Lady Gaga no Rio dispara preços de passagens e hospedagens

Os fãs de Lady Gaga estão enfrentando aumentos significativos nos preços de passagens e hospedagem no Rio de Janeiro, devido à apresentação da cantora no próximo sábado (3) de maio, em Copacabana. Embora o show seja gratuito, os custos para chegar até a cidade e se hospedar estão elevados, com variações de até seis vezes em comparação a datas próximas. O Procon-RJ iniciou investigações sobre práticas abusivas por parte das empresas de transporte e hospedagem.

De acordo com uma pesquisa feita pelo Terra, foi identificado que a passagem de ônibus entre São Paulo e Rio de Janeiro está com preços significativamente mais altos no fim de semana do show, quando comparada à mesma viagem na semana seguinte. Por exemplo, uma passagem oferecida pela Águia Branca, na modalidade semileito, está custando entre R$ 399,90 e R$ 559,89 no dia 3 de maio, enquanto no dia 10 de maio o preço cai para R$ 99,91. A diferença nos preços chega a quase seis vezes mais.

Preço das diárias em Copacabana aumenta mais de 300%

Da mesma forma, os preços das diárias de hospedagem em Copacabana também dispararam. Um hotel que cobra R$ 1.656 pela diária de duas pessoas entre 3 e 4 de maio, no fim de semana do show, oferece a mesma diária por R$ 504 entre 10 e 11 de maio, um aumento de mais de 328%. Em plataformas como o Airbnb, o cenário é semelhante, com o valor de um apartamento para o dia 3 de maio sendo de R$ 1.665, enquanto na semana seguinte, o preço de três diárias para o mesmo imóvel custa menos do que isso.

De acordo com a legislação, o aumento no preço das passagens de ônibus está dentro da legalidade. A flutuação de preços é autorizada pela portaria 4770 da ANTT, que permite que as empresas ajustem os valores conforme a demanda, de forma similar às passagens aéreas. Contudo, com relação às hospedagens, o Procon-RJ iniciou um processo administrativo para investigar práticas de aumento abusivo, incluindo o cancelamento de reservas feitas com antecedência para reajuste de valores.

Procon-RJ exige que as plataformas informem quantos proprietários realizaram cancelamentos ou renegociaram os valores de locação entre 20 de abril e 10 de maio. Caso se comprove abuso, sanções serão aplicadas às plataformas e proprietários. “Se comprovado abuso de poder econômico, vantagem claramente excessiva ou prática de aumento abusivo de preço, serão aplicadas sanções tanto para as plataformas como para os proprietários”, diz o Secretário de Defesa do Consumidor, Gutemberg Fonseca.

O profissional ainda orienta que os consumidores que tiveram a reserva cancelada juntem todos os comprovantes e registrem uma denúncia. “Pode ser contrato, e-mail ou mensagens. O consumidor que foi lesado pela prática abusiva, precisa registrar uma denúncia nos canais de atendimento do Fala Consumidor (Sedcon) e do Procon-RJ”, afirma.

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