Neste domingo (27), o Vaticano abriu oficialmente à visitação pública o túmulo de Papa Francisco, após uma despedida carregada de simbolismo e emoção. O pontífice argentino, que dedicou sua vida aos marginalizados, foi sepultado neste sábado (26) na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.
Ao contrário do costume da maioria dos papas, que são enterrados na Basílica de São Pedro, Francisco escolheu descansar para sempre em um local onde costumava rezar à Virgem Maria. Sua decisão também o colocou em uma seleta lista: apenas sete papas já haviam sido sepultados ali, sendo o último Clemente IX, em 1669.
Cerimônia de despedida
A cerimônia de despedida, organizada pelo Vatican News, foi diferente de tudo que o mundo já viu: o caixão de Francisco foi recebido não apenas por cardeais e autoridades, mas também por pessoas carentes, sem-teto, migrantes, detentos e até transgêneros.
“É uma escolha comovente, porque o Santo Padre será acolhido pela Mãe que ele tanto amou e pelos filhos prediletos”, afirmou Dom Ambarus, delegado diocesano para o Serviço da Caridade. A imagem dos pobres reunidos na escadaria da Basílica para prestar sua última homenagem ao Papa foi um retrato fiel da missão que Francisco carregou até o fim: dar voz e dignidade aos esquecidos.
O gesto do pontífice emocionou ainda mais ao lembrar que, desde o início de seu papado, Francisco fez dos necessitados seu principal foco. “Os pobres têm um lugar privilegiado no coração de Deus”, dizia ele.
