Aos 30 anos, Lucy Guo atingiu uma fortuna de US$ 1,2 bilhão com startups de tecnologia e inteligência artificial. O valor a colocou à frente de Taylor Swift como a mulher mais jovem a se tornar bilionária por conta própria.
Filha de imigrantes chineses e nascida nos Estados Unidos, Lucy Guo largou a faculdade de Ciência da Computação após ser aceita no Thiel Fellowship, que oferece US$ 100 mil a jovens empreendedores. A estudante chegou a estagiar no Facebook e também trabalhou no Snapchat, mas foi em 2016, aos 21 anos, que deu um passo decisivo.




Lucy cofundou a Scale AI, empresa focada em fornecer dados organizados para treinar algoritmos de inteligência artificial. O seu sócio, Alexandr Wang, tinha 19 anos na época. Apesar de ter deixado a Scale apenas dois anos depois, Guo manteve 5% de participação. Com o crescimento da IA e a valorização da empresa, hoje avaliada em cerca de US$ 25 bilhões, sua parte impulsionou seu patrimônio para o atual bilhão.
Mas Lucy foi além e fundou, em 2019, a Backend Capital, uma gestora de venture capital focada em engenheiros e startups em início de jornada. E em 2022, lançou a Passes, plataforma voltada a criadores de conteúdo, da qual é CEO.
A proposta da Passes é tirar o controle das grandes plataformas e devolver o poder aos criadores. Com mais autonomia, os usuários conseguem ficar com até 90% da receita gerada pela venda de conteúdo.
A rodada mais recente de investimentos da empresa, liderada pela Bond Capital, levantou US$ 40 milhões, somando US$ 66 milhões em aportes desde a fundação. Entre os investidores estão nomes como o fundo Crossbeam Ventures e Michael Ovitz, ex-presidente da Disney.
A startup também aposta alto na inteligência artificial. Criou avatares digitais realistas que interagem com os fãs em nome dos criadores, e o público parece aprovar: mesmo sabendo que está conversando com uma IA, a interação continua forte.
Apesar do sucesso, a Passes enfrenta processos judiciais por suposta falha na mediação de conteúdo, envolvendo inclusive imagens de menores de idade. A empresa afirma que proíbe esse tipo de material e usa ferramentas de moderação automatizadas para combater abusos.