Após uma reunião em Londres na quarta-feira (23), que tinha como objetivo promover os esforços dos Estados Unidos em direção ao fim da guerra na Ucrânia, as autoridades americanas reconheceram que ainda existem divergências sobre a estrutura e o cronograma propostos para o fim do conflito.
Um alto funcionário dos EUA disse que ainda há desentendimentos com a Ucrânia após a reunião, incluindo a questão do sequenciamento e se um cessar-fogo e um acordo sobre a ampla estrutura do governo Trump vêm em primeiro lugar.
No entanto, Keith Kellogg, enviado especial de Trump para a Ucrânia que também participou das reuniões, disse à CNN que acredita que essa rodada de negociações foi “franca, positiva e produtiva”.
Ainda assim, autoridades americanas não descartam a possibilidade de um cessar-fogo, embora pressionem para que a Rússia e a Ucrânia concordem com a estrutura que apresentaram.
Mais sobre as conversas entre Ucrânia e EUA
Autoridades americanas afirmam, de forma pública e privada, que o tempo está se esgotando, embora não tenham citado um prazo explícito.
No final da semana passada, o Secretário de Estado americano Marco Rubio alertou que os Estados Unidos poderiam encerrar seus esforços para acabar com o conflito em “dias” se não houvesse sinais de progresso.
Porém, autoridades europeias insistem que houve progresso na reunião de Londres para levar os ucranianos a considerar conversas sobre reconhecimento de territórios, mas temem que isso fique aquém das expectativas de Trump.
“Conseguimos convencer os ucranianos a assumir uma posição mais favorável ao governo americano”, disse uma autoridade europeia após as discussões de quarta-feira (23).
Mas os ucranianos querem um cessar-fogo antes de entrarem no assunto sobre concessões, e Trump parece estar ignorando a ideia de uma trégua e insistindo em um acordo de paz final, disse a autoridade.
“Acho que eles (a Ucrânia) aceitaram que teriam que se mudar, mas é claro que há uma dificuldade real interna para o presidente da Ucrânia chegar perto de onde o governo dos EUA quer que eles estejam em questões territoriais”, acrescentou o europeu.
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