Famílias de reféns ainda mantidos na Faixa de Gaza celebraram nesta quinta-feira (24) o Dia da Memória do Holocausto, um evento anual que acontece em Israel.
O protesto contou com um apelo para que os 59 israelenses e estrangeiros – mortos e vivos — que continuam detidos no território palestino voltem para Israel.
Enquanto as sirenes em memória aos seis milhões de judeus mortos pelos nazistas ecoavam às 10h (horário local), famílias seguravam recortes de papelão com retratos de reféns e se posicionavam ao redor de uma praça circular em Tel Aviv.
Este é o segundo ano em que Israel celebra o dia anual à sombra da guerra de Gaza, que começou com os ataques liderados pelo Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, que mataram 1.200 pessoas e fizeram 250 reféns, segundo contagens israelenses.
Desde então, as famílias lutam pelo retorno de entes queridos e seus corpos, com as negociações em impasse.
Para a tia da refém Inbar Haiman, que foi sequestrada no massacre do festival de música Nova e morta em cativeiro em Gaza, o Dia da Memória do Holocausto serve como um lembrete severo do destino incerto dos reféns”.
O bisavô de Haiman morreu no Holocausto e o corpo nunca foi encontrado. Ele comenta sobre gerações que vivenciaram o holocausto “Inbar é a terceira geração do Holocausto. Seu avô era um garotinho no Holocausto e o bisavô, que estava no Holocausto, o corpo não foi encontrado até hoje”.
“Ele está enterrado em uma vala comum na Romênia e, para minha grande tristeza, espero que a história não se repita na minha família, mas Inbar, após o Holocausto de 7 de outubro (2023), está enterrada em algum lugar de Gaza, e devemos fazer tudo para trazê-la de volta para casa. A história não deve se repetir”, afirmou Hannah Cohen, de 60 anos, à Reuters.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Dia da Memória do Holocausto: familiares protestam por reféns em Gaza no site CNN Brasil.