O velório do Papa Francisco, que acontece desde a última quarta-feira (23) no Vaticano, teve um momento inesperado. A freira Geneviève Jeanningros, de 82 anos, quebrou um protocolo rigoroso do evento ao se aproximar do caixão do pontífice para rezar. Apesar da restrição para entrada de pessoas fora do clero ou funcionários do Vaticano nesse momento inicial da cerimônia, a religiosa, que estava chorando, não foi contida pela Guarda Suíça.
Segundo o jornal espanhol ABC, os seguranças teriam reconhecido a proximidade entre os dois. Geneviève estava constantemente no Vaticano, onde visitava Francisco todas as quartas-feiras. O papa, inclusive, a chamava carinhosamente de “enfant terrible”, expressão francesa usada para se referir a pessoas ousadas e fora dos padrões.
Religiosa atuava com grupos marginalizados da sociedade
Natural da França, Geneviève Jeanningros se dedicava à acolhida de mulheres trans e pessoas LGBTQIA+ na região de Lácio, na Itália. Esses mesmos grupos, segundo a reportagem, a acompanhavam nas visitas semanais ao papa.
O corpo do papa foi velado inicialmente na Casa Santa Marta e recebeu homenagens de autoridades e religiosos. O velório foi aberto ao público às 6h, no horário de Brasília, e atraiu cerca de 20 mil pessoas à Praça de São Pedro, conforme estimativa do Vaticano.
O caixão será fechado na próxima sexta-feira (25), em um rito conduzido pelo cardeal Kevin Joseph Farrell. No sábado (26), o cardeal italiano Giovanni Battista celebrará a missa de corpo presente. Após o sepultamento, o Vaticano decretará nove dias de luto e orações.
Já conclave para eleger o novo papa deve acontecer entre os dias 6 e 11 de maio, podendo ser antecipado caso todos os cardeais estejam presentes. Francisco faleceu aos 88 anos após sofrer um AVC e insuficiência cardíaca. O papa já enfrentava complicações de uma infecção respiratória nos últimos meses.
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