A Polícia Militar Ambiental (PMA) confirmou a morte de um homem, de 60 anos, após ser atacado por uma onça-pintada em uma área isolada da região de Touro Morto, a aproximadamente 150 quilômetros de Miranda, no Mato Grosso do Sul.
Médicos veterinários do Programa Felinos Pantaneiros, mantido pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP), explicam o que se deve fazer para prevenir ataques desses animais.
Segundo o instituto, onças-pintadas e onças pardas são animais selvagens e o contato direto delas com os seres humanos pode ocorrer, mas a prioridade deve ser sempre evitar este contato.
“Essa preocupação existe principalmente para garantir a segurança das pessoas, em especial de trabalhadores que acabam ficando mais expostos em áreas de campo”, afirma o Instituto.
Com base nos estudos comportamentais desses animais e do conhecimento de campo de pantaneiros e pantaneiras, o IHP estabeleceu algumas regras importantes que a população deve seguir no caso de um encontro inesperado com esse tipo de felino:
- Verifique se há avistamentos recentes de onça-pintada ou onça parda na região;
- Procure não caminhar pela região sozinho;
- Caso suspeitar de rastros que indiquem pegada de onça, faça barulho pelo caminho ou evite o trajeto;
- Evite chegar perto da carcaça de animais mortos, principalmente se não houver urubus presentes no local;
- Locais onde ocorrem a “ceva” devem ser evitados porque trazem grande risco de conflito com as onças, bem como denunciados à Polícia Militar Ambiental;
- Verifique possíveis rastros como pegadas, ou até fezes, e se esses detalhes sinalizam serem frescos ou antigos;
- Evite a aproximação ao topar com o animal e tente manter a maior distância possível até que saia do contato visual;
- Se você estiver frente a frente com uma onça, não se vire e não corra – esse comportamento remete a de uma presa;
- Estando frente a frente, mantenha contato visual e procure distanciar-se andando para trás sem movimentos bruscos;
- Onças com filhotes tendem a ser mais defensivas, o mesmo ocorre quando estão em período de acasalamento;
- Depois que a onça sair do contato visual espere por um período médio para continuar o trajeto.
Mesmo com as dicas de cuidado, o IHP recomenda que, caso haja um encontro com esses animais, procure o Corpo de Bombeiros ou a Polícia Militar Ambiental, que podem atuar e dar suporte nesses casos.
A onça que matou o caseiro retornou ao local em que a Polícia Militar Ambiental (PMA) encontrou o corpo da vítima e teria tentado recuperar os restos mortais, além de atacar uma das pessoas que integrava o grupo de buscas.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), destaca outras duas ações que devem ser seguidas, além das práticas já destacas pelo IHM:
- Sem tirar os olhos da onça, fale alto, não gritando, e firme. Faça o que puder para parecer grande. Levante os braços ou abra seu casaco, porém sem movimentos bruscos;
- Se estiver acompanhado de criança, pegue-a no colo para evitar que a mesma saia correndo, ou coloque-a atrás de voce.
“É importante ter em mente que tanto a onça-pintada quanto a onça-parda normalmente têm medo do homem e tendem a evitar sua presença”, apontou o ICMBio.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Ataque de onça: saiba o que você deve fazer caso encontre animal no site CNN Brasil.